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Escola de Salinas recebe ação do projeto Conquistando a Liberdade

Por Redação - Agência PA (SECOM)
29/05/2015 18h13

O interno Johabede Souza Aguiar, 22 anos, condenado há nove anos de prisão, foi um dos que participaram nesta sexta-feira (29) do projeto Conquistando a Liberdade, na Escola Estadual de Ensino Fundamental Padre Dubois, localizada em Salinópolis, nordeste do Estado. No Papo di Rocha, o jovem falou com cerca de 120 alunos, na faixa etária de 15 a 17 anos, sobre o mundo da criminalidade e suas consequências.

“Comecei aos 12 anos na criminalidade, e aos 18 anos fui preso pela primeira vez. O que mais me influenciou foram as drogas. Espero que meus erros sirvam de exemplo para vocês”, disse.

Para a psicóloga do Cento de Recuperação Regional de Salinópolis (CRRSAL), Elaine Lobo, a história do interno não é incomum, pois é geralmente na adolescência que os jovens têm o primeiro contato com as drogas. “O tráfico primeiramente vicia os menores, e depois que o adolescente vai atrás da droga e não consegue mais, ele passam a cometer delitos para poder adquirir os entorpecentes. Dessa forma, a droga é a grande vila da incidência de jovens e adolescentes na criminalidade”, explicou.

O Papo di Rocha é uma conversa entre presos e os estudantes. Com depoimentos, e respondendo às perguntas dos alunos, os detentos relatam as experiências e falam sobre a realidade de quem está preso, sempre com o foco de alertar os estudantes sobre os perigos de cometer crimes.

A estudante Emmily Carolina Machado, 14 anos, que cursa o oitavo ano, participou do bate-papo e disse que o relato foi uma oportunidade de conhecer as historias de vida dos detentos. “Serviu como um alerta sobre as consequências do crime. Quero guardar esses ensinamentos para a vida toda”, comentou.

Além dos relatos, um grupo de seis internos do regime fechado roçou, capinou e limpou os ventiladores e as centrais de ar-condicionado da escola. Os próprios alunos ajudaram os detentos nas atividades. “Estamos ajudando os presos e a nós mesmos, pois a escola é nossa, e devemos cuidar dela. Foi uma experiência maravilhosa”, disse o estudante Adenilson Ferreira, 17 anos.

O Papo di Rocha é uma importante ferramenta de prevenção, disse o coordenador do projeto, Ercio Teixeira. Para ele, diante de um cenário de violência e criminalidade, a meta é minimizar o ímpeto dos jovens, que a cada dia estão mais vulneráveis ao chamado para a prática de delitos e atos violentos. “Preocupados com o futuro e a formação desses jovens, focamos firmemente na prevenção, pois acreditamos ser essa a melhor forma de conter a violência e a criminalidade”.