Susipe reforça segurança no cadastro de visitantes em unidades prisionais
Os familiares de detentos custodiados em unidades prisionais da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe) na Região Metropolitana de Belém (RMB) que desejam se cadastrar como visitantes contam com uma nova central de atendimento. Há cerca de quatro meses, o serviço da Divisão de Assistência Integrada (DAI) funciona no prédio anexo à sede da Susipe, no centro de Belém, oferecendo mais comodidade aos usuários. Desde a implantação, a central já fez mais de dois mil cadastros, com média de 150 atendimentos por dia.
A mudança no procedimento atende somente os visitantes que tenham parentes cumprindo pena nas unidades prisionais do Complexo Penitenciário de Santa Isabel (exceto no Centro de Recuperação Especial Coronel Anastácio das Neves) e no Presídio Estadual Metropolitano I (PEM I), mas a meta é ampliar o serviço para as demais casas penais da RMB. Para a gerente da DAI, Régia Sarmento, a medida beneficia familiares, servidores e internos e garante mais segurança no acesso às casas penais. “Ao tirarmos esse cadastro das casas penais, desafogamos o trabalho da assistente social daquela unidade fazendo com que haja mais tempo disponível para atendimento dos próprios internos, além do maior controle”, explica.
Há sete anos, Socorro de Oliveira visita o filho em penitenciárias. Aos 53 anos, ela faz serviços de diarista e manicure para custear as passagens para Santa Izabel e comprar alimentos para o filho, que está preso no CRPP III. Doente, Socorro passou seis meses sem ver o filho aos domingos, como está acostumada, e por isso precisou renovar o cadastro de visitante. “Fui ao CRPP para visitar meu filho, mas não pude entrar porque meu cadastro estava vencido”, conta.
A mudança de local não desanimou Socorro, que procurou a DAI para regularizar a situação. “Quero fazer tudo certinho. Gostei da mudança porque aqui é tudo muito rápido”, afirma. As entregas das carteiras de visitantes são feitas na mesma semana da solicitação, sempre às quintas e sextas. A agilidade do processo vai fazer com que a saudade do Socorro acabe logo. “Vou chorar muito quando encontrar meu filho”, diz.
Além de dar entrada na regularização do cadastro de visitante, a DAI oferece também diversos encaminhamentos de serviços para os familiares de detentos. “Direcionamos o atendimento para as redes de serviço de capacitação que existem pelos convênios firmados com a prefeitura e com o Estado e fornecemos orientações sobre o auxílio reclusão e Bolsa Família, entre outros”, explica Régia Sarmento.
Para fazer ou renovar o cadastro de visitante, o familiar de detento deve procurar a DAI, de segunda a quarta-feira, de 8h30 às 14h, na Rua Vinte e Oito de Setembro, 320, bairro da Campina. Só é permitido o cadastro de mãe, pai, filhos, esposo e avós. Caso o detento não tenha parentes de primeiro grau, é permitido o cadastro de primos, tios e cunhados. É necessário apresentar original e cópia da carteira de identidade, CPF, comprovante de residência e declaração de antecedentes criminais, além de duas fotos 3x4.
Com a mudança do procedimento no cadastro de visitantes, hoje a DAI também conta com um papiloscopista para comparação da digital dos familiares, evitando fraudes no cadastro, além de coibir a entrada de menores de idade desacompanhados nas casas penais. Atualmente, uma equipe da Divisão de Tecnologia da Informação da Susipe já trabalha em um projeto piloto que integrará o cadastro dos visitantes ao sistema de Informações Penitenciárias (Infopen). A medida facilitará o registro de visitantes em todo o Estado, trazendo mais segurança para o armazenamento das informações. Nos próximos meses, a previsão é que o cadastro de visitantes já seja padronizado em todas as 15 unidades prisionais da Região Metropolitana de Belém.