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HOL estabelece plano de ação para reduzir filas de espera

Por Redação - Agência PA (SECOM)
17/02/2015 15h32

Referência no tratamento oncológico na Região Norte, o Hospital Ophir Loyola é um dos executores da Rede Credenciada de exames de média e alta complexidade conveniado ao município de Belém e atende também uma grande demanda, tanto por marcação de exames como por consultas proveniente dos Departamentos de Regulação municipais. Para tentar solucionar o problema das longas filas de espera de pacientes, o HOL elaborou um plano de ação que está em fase final de definição com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), que também coordena a Central de Leitos, por meio do Departamento de Regulação. 

A primeira resolução tomada em conjunto determinou o acolhimento, durante a madrugada, dos pacientes oriundos do interior do Estado, proporcionando a eles maior comodidade e conforto. O novo diretor do HOL, Dr. Vitor Manuel Jesus Mateus, que assumiu o posto no ínicio do ano, ressalta que o hospital tem duas metas consideradas prioritárias: a estruturação da Unidade de Atendimento Imediato e a melhoria do atendimento ambulatorial para solucionar o problema da fila de pacientes, que já está sendo trabalhada em parceria com a Sesma.

Segundo Mateus, para descentralizar o agendamento e, ao mesmo tempo, garantir atendimento aos egressos do hospital (pacientes oncológicos cadastrados) serão criadas as condições para que eles já saiam do hospital com agendamentos automáticos de consultas e exames.

“Para facilitar o acesso às tecnologias e serviços hospitalares, o Ophir Loyola já realiza, junto ao departamento de informática da instituição, os primeiros testes no Sistema Nacional de Regulação (Sisreg) para dois dos exames de maior demanda: endoscopia e raio-x. Os testes têm obtido respostas positivas com a marcação online pelo Departamento de Regulação da Sesma. Em breve, o Sistema contemplará também os demais exames por imagem ofertados para 70% da demanda do SUS (não oncológica) assistida pelo hospital”, continuou o novo diretor.

O objetivo, segundo ele, é assegurar mais agilidade na internação, reduzir as filas e proporcionar melhor acolhimento aos usuários. “Já montamos duas frentes de trabalho, com equipes designadas para atender estas mudanças imediatamente. Por outro lado, estamos alinhados com a Sespa para constituir as diretrizes necessárias à construção do novo plano diretor do Ophir Loyola, que será definido dentro da política estadual de saúde e deverá nortear as ações do HOL para os próximos cinco ou dez anos”, frisou.

Diariamente, cerca de três mil pessoas são assistidas no HOL, em Belém. O Hospital possui 281 leitos cadastrados e registra uma média de 400 internações por mês na área de oncologia, com uma média de 18 dias de permanência no estabelecimento. No entanto, explica, esse tempo estipulado pode variar de acordo com laudo clínico de cada paciente. "Isto acontece porque a alta complexidade exige um tempo maior de recuperação e acompanhamento médico", esclarece. 

Em 2011, a inauguração do Hospital Jean Bitar possibilitou a ampliação do número de leitos para o SUS e a transferência da Clínica Médica e Cirurgia geral do HOL para este Centro. Assim, a oncologia ganhou reforço com a ampliação do número de atendimentos para mais de 1.260 pacientes ao ano e redução do tempo de espera para a realização dos procedimentos cirúrgicos nas diversas especialidades da Oncologia.

Hoje o Jean Bitar é referência estadual no procedimento de endoscopia digestiva e possui o único Laboratório de Habilidades videolaparoscópicas da região Norte, treinando com alto padrão técnico os residentes de cirurgia geral da instituição e formando mão de obra qualificada para o mercado de trabalho.

Atento ao crescimento da demanda regional, o governo do Estado investiu em uma nova unidade oncológica destinada ao atendimento de casos de câncer infanto-juvenil. O Hospital Oncológico Pediátrico irá ofertar 98 leitos para assistência de crianças e adolescentes, garantindo atendimento a mais de 2.500 pacientes por ano.

Assistência oncológica - Hoje o HOL atende o paciente que é referenciado pela rede básica e já está diagnosticado. A Política Nacional de Atenção Oncológica do Ministério da Saúde, publicada em março de 2005, prega a necessidade de integração da Atenção Básica às médias e altas complexidades. A proposta é facilitar o acesso às instâncias de atenção e controle do câncer, assim como às tecnologias e serviços hospitalares. O documento é enfático, existe a necessidade de uma maior articulação do Ministério com as secretarias municipais e estaduais para uma melhor organização das linhas de cuidados ao doente oncológico, em todos os níveis de atenção e atendimentos. 

Os fluxos de atendimentos e os estabelecimentos de referência das redes de atenção devem ser acompanhados pelas autoridades sanitárias, conforme preconiza o Instituto Nacional do Câncer. Primeiro, o usuário deve passar por consulta e solicitação de exames para o diagnóstico dos sintomas com um clínico geral. Diante da biópsia confirmada, ele será então agendado para o Ophir Loyola por intermédio da Secretaria Municipal de Saúde do seu município de origem. Caso o paciente tenha em mãos uma biópsia positiva também poderá se dirigir ao hospital para ser assistido por demanda espontânea.

Outra maneira de iniciar o tratamento no Ophir Loyola é por meio da internação em outro hospital e diante de biópsia confirmada para câncer. Neste caso o paciente é encaminhado via Central de Leitos/Sesma. A Central de seu município de origem entrará em contato com a Central de Belém, referenciada para este fim, que por seu turno repassará a demanda para o HOL. A transferência do paciente se dará conforme a disponibilidade de leito.

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