Santa Casa oferece programação especial de Páscoa para crianças
Crianças que fazem tratamento no Centro de Terapia Renal Substitutiva Pediátrica da Santa Casa de Misericórida reuniram-se em uma celebração de Páscoa, nesta terça-feira, 7. A dinâmica envolveu a troca de ovos de páscoa e o repasse de mensagens de otimismo e carinho entre usuários e os próprios servidores. O setor desenvolve atividades que buscam o vínculo afetivo e o resgate de valores familiares e sociais, a partir de datas comemorativas.
“Utilizamos a história de amor, da Páscoa, e trouxemos para a nossa realidade, buscando o fortalecimento por meio dos ensinamentos de amor, de vida, de fraternidade, de paz e comunhão”, enumerou Fernanda Lobato, terapeuta ocupacional da Santa Casa. As dinâmicas de grupo tornam o ambiente ainda mais humanizado, o que interfere positivamente no tratamento. “O ambiente que pode ser hostil, pelo tratamento ostensivo, acaba ficando mais saudável, mais humanizado e vinculado com o que é ser criança”, complementou Fernanda.
A filha de Lidiane Freitas está em tratamento desde agosto de 2014. A mãe considera o serviço da Santa Casa como referência. “É ótima a maneira como a equipe do hospital nos trata. Coloco a Santa Casa e os seus profissionais como anjos”. De acordo com Lidiane, a sua filha, Luane Freitas, de 12 anos, sente-se animada com as programações desenvolvidas. “Sinto que o interesse dela aumenta, ela se envolve mais, fica animada e feliz para dar sequência ao tratamento”.
A médica Ana Júlia Fernandes, especialista em nefropediatria, explicou o desafio da equipe multiprofissional. “Estamos lidando com crianças graves, que precisam de atenção, e muitas vêm de longe, do interior. Eles fazem um sacrifício enorme para estar aqui e a gente dá o nosso melhor”, frisou.
A Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará dispõe do serviço de referência para tratar doenças renais há três anos. O Centro de Terapia Renal Substitutiva Pediátrica tem um atendimento que envolve crianças e adolescentes de até 18 anos e é amplo: nefrologia pediátrica, hemodiálise pediátrica, ambulatórios, enfermarias e interconsultas. Há um total de 200 atendimentos ambulatoriais por semana, com médicos especializados e treinados para alertar e evitar que o problema renal se estabeleça. Infecções urinárias, síndromes nefróticas e doenças sistêmicas, como lúpus, podem levar à insuficiência renal.
A capacidade de atendimento é de 32 vagas de crianças com hemodiálise crônica. É um programa fixo: a criança comparece três vezes na semana para realizar o tratamento, divididos em dois grupos. A Santa Casa disponibiliza um atendimento multiprofissional. No total, são 32 profissionais, entre eles sete médicos, quatro enfermeiros, 11 técnicos em enfermagem, duas terapeutas ocupacionais, uma psicóloga, dois nutricionistas, dois assistentes sociais, um administrador e dois agentes de práticas.