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Santa Casa orienta pacientes sobre doenças do fígado

Por Redação - Agência PA (SECOM)
23/04/2015 12h27

Centro de referência estadual no tratamento de doenças do fígado, a Fundação Santa Casa do Pará promoveu um encontro reunindo casos de tratamentos bem sucedidos. A dinâmica foi realizada nesta quarta-feira, 22, na sala de treinamento do prédio centenário da instituição. Usuários compartilharam depoimentos acerca da experiência durante o tratamento, acompanhados pela equipe multiprofissional do serviço, que envolve médicos, assistentes sociais, nutricionistas, enfermeiros e psicólogos.

Ivoneide Santos, aposentada, 65 anos, descobriu que tinha hepatite C em 2009. Após tratamento na Santa Casa, ela foi curada e relatou como foi esse período de cuidados especiais. "Minha relação com os servidores da Santa Casa foi ótima. Recebia dicas, participei de palestra sobre a reação da medicação, tudo o que poderia acontecer. Me sinto agradecida à Santa Casa", disse a usuária do Sistema Único de Saúde.

Cisalpina Cantão, coordenadora estadual de Hepatites Virais da Sespa, foi uma das participantes da programação. Ela fez questão de ressaltar a qualidade do serviço desenvolvido pela Fundação. "A Santa Casa, como centro de referência para pessoas que fazem tratamento das hepatites virais no Estado, tem um trabalho organizado, com exames, médicos, consultas", disse. Como é um tratamento demorado, a Santa Casa disponibiliza uma equipe formada por 15 profissionais de diversas especialidades da saúde que trabalham no setor.

Lizomar Moia, uma das coordenadoras do grupo do fígado da Santa Casa, falou sobre o objetivo primordial da programação. "A ideia é fazer com que os pacientes se sintam valorizados, apoiados, integrados no processo de recuperação de promoção da saúde". A Hepatite C está entre as doenças do fígado que têm maior incidência na Santa Casa, com a necessidade de internação do paciente. A Fundação tem seis leitos para adultos e quatro para crianças.

Existem outras doenças que atacam o fígado, como doença hepática relacionada ao álcool e cirrose. Também há as hepatites não alcoólicas, relacionadas ao metabolismo, decorrentes de diabetes e obesidade.

Para participar da programação é necessário estar regulado junto ao Sistema Único de Saúde e à Central de Leitos. Geralmente, os pacientes são encaminhados de Unidades Básicas de Saúde ou de qualquer Hospital Público.

Projeto leva informações aos pacientes já na sala de espera

Coordenado por uma equipe de servidores da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, teve início um projeto de extensão e educação que visa a interação com os pacientes nas salas de espera do ambulatório do Hospital, alguns deles, com doenças do fígado. A ideia é realizar, semanalmente, uma ação com caráter educativo, de repasse de informações gerais, acerca da clínica, diagnóstico, uso de medicamento e nutrição, além de outros assuntos.

Uma equipe multidisciplinar participa do projeto, coordenador pela nutricionista Pilar Moraes e pela médica Lizomar Moia. "A ação educativa tem como objetivo ocupar um espaço, até certo ponto, ocioso. Enquanto o paciente espera um atendimento, estamos trocando ideias acerca do cuidado em saúde", explicou Pilar.

Além da promoção em saúde, também há a ideia de colher dados para um trabalho de pesquisa que vai traçar o perfil dos usuários do ambulatório da Santa Casa. "É uma ação de extensão e educativa. Em termos de coleta de dados, um dos objetivos é traçar o perfil sócio-demográfico dos pacientes vítimas de cirrose. Mas, a sala de espera não tem só pacientes de cirrose. Há outras especialidades, então, os assuntos abordados são educação em saúde considerando uma amplitude, que diz respeito a várias especialidades, como por exemplo, a interação medicamente e nutrientes", enfatizou Pilar.

O projeto envolve estudantes de área da saúde, como de Nutrição, Medicina, Enfermagem, Psicologia e Farmácia. Caroline Pimentel, estudante de Farmácia de uma universidade particular de Belém, participou da ação, realizada na quarta-feira. "Estamos disponibilizando informações para pessoas que podem, eventualmente, desconhecer maneiras de promoção de saúde. E dessa forma, o sentimento é de ajudar o próximo. A gente contribuí, mas também estamos aprendendo", frisou.