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RESSOCIALIZAÇÃO

Bolsas de estágio oferecem novas chances para adolescentes em conflito com a lei

Por Redação - Agência PA (SECOM)
03/08/2015 15h35

Seis adolescentes que cumprem medidas socioeducativas de internação começaram hoje, 3, uma nova fase em suas vidas. Pela primeira vez, eles têm a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho por meio de uma parceria entre a Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) que vai oferecer bolsa estágio remunerado para os jovens com o objetivo de garantir qualificação profissional e a ressocialização dos adolescentes em conflito com a lei.

Durante o primeiro dia de estágio, os adolescentes que atuarão no TCE receberam as boas vindas da equipe formada por psicólogos, assistentes sociais e de gestão de pessoas que apresentaram para os socioeducandos o funcionamento da instituição e a rotina de trabalho que eles desenvolverão nos próximos doze meses. O adolescente de 16 anos que cumpre medida de internação na unidade socioeducativa de Ananindeua, mostrava grande expectativa e sabia que o início das atividades é uma chance para mudar de vida. “É uma oportunidade que me deram e, se tivesse lá fora, eu não teria. Vai de mim também ter um esforço pra mudar porque não é vida pra ninguém estar preso”, disse.

O pai do adolescente, que é agente de portaria, foi junto com o filho no primeiro dia de estágio e não escondeu a felicidade em ver a vontade do jovem em mudar de vida ao mesmo tempo em que vê a realização de um sonho: ver o filho finalmente entrando no mercado de trabalho. “Aqui ele está realizando o sonho dele. É uma felicidade que tenho porque é uma oportunidade de ver o meu filho trabalhar. Ele está pagando pelo erro que cometeu e estou dando todo o apoio, vamos lutar juntos cumprindo com tudo o que estão pedindo”, afirmou.

De acordo com o presidente da Fasepa, Simão Bastos, a expectativa é que novas parcerias possam aumentar o número de ofertas de estágios para os adolescentes que cumprem medidas socioeducativas. “A gente tem buscado a ampliação de outras parcerias que a cada momento tem dado bons resultados. O desenvolvimento da ação visa a ressignificação de vidas com a perspectiva de emprego e renda para os meninos. Aqui é uma ação inicial dessa gestão que busca a integralidade de todo um conjunto de atores que atuam no envolvimento permanente da família e também das pessoas que estão no âmbito da socioeducação”, declarou.

A subsecretária de gestão de pessoas do TCE, Elieda Pessoa, destacou o papel da instituição na oferta de vagas que possam garantir ao adolescente a convivência com novas pessoas, preparando-os para o momento em que eles conquistarem a liberdade. “O papel do TCE é o que toda instituição deveria desempenhar. Olhar para fora e ver que o cidadão espera que sejamos bons profissionais e providenciar que os adolescentes venham até nós, permitindo que a sociedade entre na instituição. A oportunidade pra eles é de vivenciarem que existem diferenças positivas para lidar com o mundo”, observa.