Projeto “Mais Alfabetização” realiza intercâmbio entre escolas públicas
Nos dias 11 e 12 de dezembro, foi realizado um intercâmbio de experiências entre duas escolas que aderiram ao programa que assumiram o protagonismo de experimentar na prática a proposta do programa e compartilharam os resultados.
Melhorar os números do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) a partir de ações articuladas nas escolas focalizando a eficiência no processo de alfabetização de alunos da 1ª e 2ª série da rede pública. Esse é o objetivo do "Mais Alfabetização", um programa do Governo Federal que foi implantado desde o início do ano no Pará por meio da Diretoria de Educação Infantil e Fundamental da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e que teve resultados positivos em seu projeto piloto.
Nos dias 11 e 12 de dezembro, a ideia de fazer uma espécie de intercâmbio de experiências entre duas escolas que aderiram ao programa surpreendeu. As escolas Lenira Teixeira Moura e Deputado Armando Correa assumiram o protagonismo de experimentar na prática a proposta do programa e compartilharam os resultados. Para a diretora Oneide Bojo, da Escola Lenira Teixeira Moura, do bairro da Cabanagem, em Belém, "O programa foi uma experiência muito positiva, principalmente por proporcionar um acompanhamento eficiente de cada aluno, por meio da ferramenta tecnológica disponibilizada pelo programa".
Ela ressalta, ainda, que a troca de experiência foi extraordinária. "Se colocar no lugar do outro e acompanhar as suas experiências é muito importante no processo de aprendizagem", conclui a diretora, fazendo referência ao diálogo com a gestora, coordenadoras, professores e assistentes da Escola Armando Correa.
A diretora da escola Armando Correa, na Cidade Nova, em Ananindeua, Antonia Rosemar Borges, destaca que o projeto atendeu de forma muito satisfatória as necessidades dos professores a dos alunos, principalmente "trazendo a assessoria dos professores que auxiliam no acompanhamento em sala de aula". A diretora ressalta que a escola tem um Ideb muito bom, mas mesmo assim o resultado deve ser melhorado, principalmente no processo de alfabetização, que é resultado de uma série de fatores, que vão desde a infraestrutura da escola, até a participação e acompanhamentos dos pais. É um processo integral.
Outra diretora que participou das visitas nas escolas foi Ana Virginia, da Escola Nossa Senhora de Fátima II, da USE 11, em Icoaraci. Ela destaca os desafios e o trabalho que dá manter um programa como o "Mais Alfabetização". "Os desafios são diários, mas tudo traz o avanço. Os dados do MEC mostram uma realidade não muito boa, mas o programa está aí para mudar essa realidade e sanar os déficits".
Está é, também, a opinião da professora Flávia Lima, do 1º ano, da Escola Lenira, "mesmo com os desafios podemos mudar a realidade, aqui eu ressalto a união da nossa equipe, que foi determinante para o êxito do programa", frisa a professora.
Em apenas um ano, o "Mais Alfabetização" trouxe inúmeras conquistas, a partir das etapas de implementação, gestão e avaliações do programa. Para se ter uma ideia, a metodologia permite que os professores acessem o desempenho dos alunos via ferramenta digital, o que torna mais eficiente o monitoramento da evolução de cada aluno no ano, e para onde as atenções do professor devem se voltar mais. O papel do professor assistente é fundamental no processo de alfabetização, pois além de dar uma oportunidade para o professor recém formado, de exercitar suas técnicas pedagógicas, descentraliza todas as tarefas de um único educador.
Para a eficiência do programa, foram realizadas capacitações de Desenvolvimento Profissional dirigida a educadores das escolas que aderiram ao programa. O objetivo é combater baixos índices na Avaliação Nacional de Alfabetização, informa Solange Barros da Silva, coordenadora do Ensino Fundamental da Seduc e do Programa Mais Alfabetização. "O programa está pronto para continuar sua dinâmica no ano que vem. A meta é fazer com que mais escolas se agreguem a este processo. O desafio agora é implementar o programa nas escolas da Região Metropolitana de Belém e nos demais municípios do Pará, sempre com formação e acolhida", detalha Solange Barros.
Por Fellipy Fernando