'Ópera dos Terreiros' abre o XXI Festival de Ópera do Theatro da Paz
A partir desta sexta (28), às 20h, o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), dá início oficialmente à programação do XXI Festival de Ópera do Theatro da Paz com a montagem da "Ópera dos Terreiros", produzida pelo Núcleo de Ópera da Bahia e assinada por Aldo Brizzi.
História da Ópera
Trata-se de uma história que aborda o amor proibido entre os personagens Nzailu e Dara, uma espécie de “Romeu e Julieta”, com pessoas negras que foram escravizadas para construir o Brasil.
A relação amorosa é entre um personagem pertencente aos ‘bantos’, primeira população negra que chegou ao país e foi destinada ao trabalho pesado nas lavouras de cana-de-açúcar, café e mineração e os primeiros a resistirem nos quilombos; e outro personagem pertencente aos ‘nagôs’, sobretudo as mulheres, que vieram depois e foram trabalhar na casa grande, em serviços domésticos.
Com oito personagens principais, o Coro Carlos Gomes também faz parceria com a “Ópera dos Terreiros”. A mensagem do espetáculo ao abordar o que ocorre a partir de um romance proibido, quando duas das várias correntes étnicas e culturais que chegaram ao Brasil entram em rivalidade é tematizar a busca da liberdade inerente ao ser humano. A música é um ponto alto da narrativa, com sons afrodescendentes, numa mistura de canto lírico e alabês.
O XXI Festival de Ópera do Theatro da Paz, apresenta a “Ópera dos Terreiros”, de Aldo Brizzi, que realizará seu ensaio geral nesta quinta-feira (27), às 20h, no Theatro da Paz.
Sugestão de entrevistados:
Ursula Vidal, secretária de Estado de Cultura.
Daniel Araújo, diretor geral do Festival de Ópera do Theatro da Paz.
Aldo Brizzi, compositor da Ópera dos Terreiros.