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Sedeme aposta no Arranjo Produtivo Local de cosméticos

Por Redação - Agência PA (SECOM)
27/03/2015 16h35

Conhecedora das necessidades e da vital importância dos micro, pequenos e médios empreendimentos atuantes no setor de bioscomésticos no Pará, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), por meio de sua Diretoria de Mercado, vem unindo esforços com diversas instituições e o setor produtivo a fim de ampliar o suporte necessário e estratégico para o desenvolvimento da cadeia produtiva através do Arranjo Produtivo Local (APL) de Biocosméticos na Região Metropolitana de Belém.

Depois de 10 meses, onze reuniões e um seminário, além de participações em eventos nacionais e até fora do País, a exemplo de um recente evento em Bogotá, na Colômbia, a Diretoria de Mercado da Sedeme apresentou, na última quinta-feira, 26, aos parceiros institucionais o projeto preliminar do APL de biocosméticos do Estado. A intenção é coletar as contribuições coletivas dos atores que protagonizam o segmento no Pará.

“Estamos discutindo o projeto estruturante para toda cadeia do setor de cosméticos. Através do APL a gente quer que o setor cresça e se desenvolva para que os produtos oriundos da Amazônia possam ganhar escala e projeção nacional e internacional’’, disse a diretora de Mercado e Atração de Investimentos, da Sedeme, Lucélia Guedes Gester. Ela explicou que a qualificação das empresas para incrementar a competitividade de seus produtos no mercado é uma das estratégias do governo do Estado, via Sedeme, para impulsionar a atividade econômica em toda a cadeia produtiva.

A reunião de trabalho na sede da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), parceira do projeto de APL, reuniu grandes e pequenos empresários e instituições como Sebrae Pará e o Sebrae Nacional, Banpará, Rede CIN, coordenada nacionalmente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Rede Brasileira dos Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN), que trabalha pela internacionalização de empresas brasileiras.

Lucas Conde, gerente de APLs da Sedeme, destacou que o Arranjo Produtivo Local começou a ser pensado e estruturado no Sebrae Pará e foi abraçado pelo governo do Estado, que tratou de envolver o setor produtivo. O plano apresenta os gargalos, metas e soluções para o segmento.

Conde frisou alguns fatores fundamentais para o sucesso do plano, a exemplo da qualificação, acesso à maquinário de qualidade, legislação adequada, logística e tributação diferenciada para as linhas de produção específicas de acordo com o produto e a matéria-prima. Vencida a primeira fase, em que a Sedeme buscou articulação das instituições para atuação conjunta, o trabalho entrou na segunda etapa e, ontem, iniciou o terceiro momento, com a entrega do projeto preliminar do APL, a fim de aprimorá-lo até o plano final, a ser executado.

“O Estado quer renda e emprego, sim, mas quer também que o empresário não tenha de buscar embalagens em São Paulo, tenha facilidade para linhas de crédito e outras ações, que nós já identificamos como latentes e de muita importância. Estamos cientes também e cuidadosos com a total responsabilidade com as comunidades tradicionais; elas não podem em hipótese alguma serem esquecidas pelos agentes do governo, pois precisam cada vez mais de apoio e de qualificação profissional. São grandes produtoras da matéria-prima no Marajó e em São Miguel do Guamá, só para citar dois exemplos’’, afirmou Conde.

Analista de Projetos do Sebrae Nacional, Maria Regina Diniz frisou a relevância da iniciativa do Governo do Estado. “Sem o Estado não se consegue um APL melhor. A participação do governo é importantíssima’’, avaliou ela, que coordena duas carteiras de projetos no País, a de Cosméticos e a de Alimentos e Bebidas, no âmbito do Sebrae.

“Este é o momento. O governo não pode perder esse bonde. Temos um grande potencial, algumas empresas já são tradicionais, mas o setor de cosméticos é tecnológico e exige conhecimento contínuo, além de maquinário novo. Temo- a matéria prima, mas precisamos agregar ainda mais valor a ela e produzir com os nossos insumos’’, observou Fátima Chama, que preside o sindicato do setor de cosméticos, além de ser sócia-fundadora da empresa Chamma da Amazônia, que comercializa um mix de artigos como xampus, perfumes, óleos esfoliantes, condicionadores, aromatizantes de ambiente, delineadores, batons, pulseiras e cestas.

O que é um APL?
Arranjo Produtivo Local (APL) significa um aglomerado de empresas de um mesmo território e segmento econômico que se juntam para aumentar a escala de produção e melhorar a tecnologia. Os participantes do APL interagem entre si a fim de aprimorar os processos produtivos e conquistar mais clientes. A criação de um Arranjo Produtivo Local é uma ótima maneira de dar aos pequenos negócios a chance de crescer e tornar-se competitivos.