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Segup e empresários elaboram plano contra assaltos a farmácias

Por Redação - Agência PA (SECOM)
09/04/2015 18h44

A área de segurança pública do Estado vai apresentar um plano preventivo contra os assaltos às farmácias localizadas na Região Metropolitana de Belém, em um trabalho que deve se estender a outras regiões. Para avançar na discussão do tema, na manhã desta quinta-feira, 9, o secretário de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), Jeannot Jansen, recebeu, na sede da Segup, representantes do setor farmacêutico.

Participaram da reunião o secretário adjunto de Inteligência e Análise Criminal, delegado Rogério Luz; o diretor de Polícia Especializada, delegado João Bosco; o comandante de Policiamento da Capital, coronel Dilson Júnior, além dos assessores Evandro Cunha e Raimundo Benassuly. Também esteve presente o deputado estadual Coronel Neil.

As discussões estiveram direcionadas à prevenção dos assaltos dentro e fora dos estabelecimentos comerciais e foram conduzidas pelo secretário de segurança e pelo presidente da comissão de segurança pública da Assembleia Legislativa, deputado Coronel Neil.

Na reunião, o secretário adjunto da Segup apresentou estatísticas sobre as ocorrências específicas do setor e o mapa das áreas que recebem maior atenção do sistema de segurança. Pelos números do Sistema de Informação de Segurança Pública (Sisp), no primeiro trimestre de 2013, o Estado registrou 59 roubos a farmácias, contra 75 no mesmo período do ano passado. Já nos três primeiros meses de 2015, 80 roubos foram registrados. Na capital, os bairros de Batista Campos, Marco, Fátima e Guamá tiveram as maiores incidências desse tipo de delito.

Troca de informações entre as áreas de segurança das empresas e as polícias Civil e Militar, centralização das ocorrências relacionadas a esse tipo de roubo, preservação da integridade de colaboradores dos estabelecimentos comerciais e agilidade na comunicação oficial da ocorrência para a agilidade do tempo-resposta do policiamento foram alguns temas abordados.

Bloqueio – No fim da reunião, foram definidas seis importantes medidas: a definição das unidades policiais que irão recepcionar as ocorrências; a constituição do protocolo de acionamento do policiamento; concentração de informações na Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (Siac); criação de um grupo no aplicativo WhatsApp composto por integrantes da Segup e das empresas farmacêuticas; criação de um motopatrulhamento coordenado pelo Comando de Patrulhamento da Capital; e a solicitação à Justiça do uso do endereço das farmácias ao invés do endereço de colaboradores arrolados em inquéritos.

Entre as estratégias usadas para coibir o roubo a farmácias está o bloqueio dos celulares – produto de maior estímulo às investidas dos criminosos – imediatamente após o registro da ocorrência de roubo. Importante reforço às ações preventivas da Segup é a aprovação do projeto de lei de autoria do deputado estadual Coronel Neil. Por ele, as operadoras de telefonia celular ficam obrigadas a efetuar imediatamente o bloqueio do IMEI (International Mobile Identity - Identidade Oficial do Aparelho Celular) do aparelho celular roubado ou furtado, após a comunicação oficial. Lei semelhante já está em vigor no Estado de São Paulo. Hoje, a informação da localização do aparelho celular depende de autorização judicial, o que pode demorar até 30 dias.

"Estamos tratando a questão no varejo, e não no atacado. Quando discutimos sobre efetivo, unidades policiais e protocolos de acionamento da polícia, falamos de soluções importantes, contudo, emergenciais para amenizar, mas não para a solução do problema. Precisamos tornar o aparelho sem utilidade ou rastreá-los. Essa lei é um caminho. Devemos ter uma campanha para declarar o IMEI”, destacou Jeannot Jansen.

"Os bandidos assaltam farmácias por causa dos celulares. Para eles, o aparelho é meio de conseguir drogas. Vendendo ou trocando. Por isso, inutilizando o celular, ele deixa de ser atrativo. Hoje, este processo depende do trâmite do inquérito policial e pode demorar até uma semana para que a linha seja bloqueada, sem que o aparelho seja. O que eu quero, a partir desta lei é que a linha e o aparelho sejam bloqueados imediatamente", explicou o autor do projeto, deputado Coronel Neil.

Leandro Torres, prestador de serviço de um grupo de farmácias de Belém gostou do resultado da reunião. “Achei a reunião muito positiva. Foi fundamental para unir a iniciativa privada com os órgãos policiais e com certeza vamos ter um resultado”, apontou. “Foi proveitoso porque tivemos a oportunidade de trocar informações com os gestores da área de segurança e estabelecermos diretrizes em conjunto”, opinou Rita Castro, coordenadora de segurança de uma grande rede de farmácias.