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Programa estadual qualifica mais de 1,2 mil batedores de açaí

Por Redação - Agência PA (SECOM)
14/04/2015 19h54

O Programa Estadual de Qualidade do Açaí já qualificou 1,2 mil batedores de açaí na Região Metropolitana de Belém, e cerca de 800 estão em adequação avançada. No interior, somente neste ano, os municípios de São Domingos do Capim, no nordeste paraense, e Curralinho, na Ilha do Marajó, já receberam a equipe do programa.

Segundo a técnica da Divisão de Alimentos da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Doriléia Pantoja, mais municípios do Estado vão receber o treinamento. “Sempre que temos uma solicitação de municípios, agendamos as visitas. Tivemos um surto de doença de Chagas nesses municípios e fomos visitar os batedores de açaí, e nos surpreendemos com a quantidade de profissionais que estão se adequando e até comprando os equipamentos. Isso é muito positivo para minimizar os surtos da doença. Entregamos os kits para que eles tenham o mínimo de estrutura para passar por todas as etapas do processo de higienização”, afirma.

O programa é gerenciado por 14 instituições, que mantêm treinamentos regulares com os batedores de açaí, cada vez mais interessados nos investimentos. “A associação de batedores artesanais de açaí tinha pouca aderência, mas hoje temos 2.382 associados, porque eles estão buscando se adaptar as regras. Eles sabem que o cliente observa o manuseio e confia em quem se qualifica. A vigilância sanitária e a Prefeitura de Belém criaram o selo ‘Açaí Bom’, que está avaliando as casas. Isso é um incentivo para eles”, garante o presidente da associação, Carlos Noronha.

O batedor de açaí Heron Borges, há 20 anos no mercado, tem certeza que o investimento tem retorno. “Comecei fazendo o curso porque sentia falta de instruções melhores no começo. Hoje estou auxiliando a vigilância sanitária para treinar outros batedores. A gente vai percebendo que praticar o processo completo é importante. Se eu fizer, por exemplo, todos os passos de higienização usando o branqueador, com as três lavagens, meu açaí dura três dias sem congelamento. Só tenho benefícios”, defende.

Para o coordenador do programa, técnico da Secretaria de Estado de Agricultura e Pesca (Sedap) Geraldo Tavares, as melhorias geraram novas necessidades. “Ainda este ano vamos lançar o programa de auxílio na produção de açaí, porque agora o processo está regulamentado, mas precisamos melhorar a produção para garantir que tenhamos mais do produto. Temos que suprir essa demanda de batedores que precisam de mais produtos e orientar o agricultor a fazer o manejo de várzea ou a plantação em terra firme. Isso deixará o processo mais completo”, revela.