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Projeto do IPHAN vai preservar sítios arqueológicos em Monte Alegre

Por Redação - Agência PA (SECOM)
16/06/2015 16h00

Um projeto do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e o Instituto do Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), vai musealizar dois sítios arqueológicos do Parque Estadual de Monte Alegre (Pema), município localizado na região do Baixo Amazonas. Os locais escolhidos para a musealização são a Serra da Lua e a Pedra do Mirante, mas todo o Parque e seu entorno estão sendo estruturados para receber os visitantes.

A musealização é o ato de se preservar um artefato para mostrar sua História e assim valorizá-la como parte da cultura regional. Assim, o objetivo é proteger as pinturas rupestres da região, encontradas nos dois dos 15 sítios arqueológicos existentes no Parque, que é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral, criado através da Lei Estadual n° 6.412 de 2001. 

No local também serão construídos um pórtico de entrada, estacionamento para visitantes, centro de visitação e plataforma de contemplação da Serra da Lua. O projeto ainda prevê a inclusão da educação patrimonial e a publicação de dois livros de apresentação de valorização das pinturas, sendo um adulto e um infantil, que serão distribuídos nas escolas da região.

O projeto está previsto para ser concluído no prazo de dois anos. Atualmente está em fase de licitação para a contratação de empresa responsável pela execução da obra. Nos próximos dias 29 e 30 de junho, as empresas inscritas para concorrerem ao processo realizarão uma visita técnica ao Parque, com o objetivo de conhecer o local e redigir suas propostas. O Parque também será todo sinalizado e preparado para receber os turistas em outros pontos turísticos, através do projeto de gestão de visualização turística. A estimativa orçamentária para todo este empreendimento é de três milhões de reais.

A gestão do Parque vem preparando as comunidades do entorno para que elas estejam aptas a receber os visitantes. Diversos trabalhos em parceria com instituições governamentais e não-governamentais estão sendo realizados com intuito de fomentar o turismo na região. Segundo Patrícia Messias, gerente da Unidade de Conservação, a administração tem buscado executar o Plano de Manejo de forma sistemática e integrada. “O principal parceiro da gestão são os entes governamentais e, principalmente, da sociedade civil que compõem o seu conselho gestor. As ações que vêm sendo desenvolvidas buscam a valorização das comunidades, fortalecimento da gestão com a participação efetiva e a melhoria da qualidade de vida dos moradores do seu entorno”, explica.

A gestão da Unidade está apoiando a criação da associação de condutores da região, o Instituto Peabiru, que idealizou e realizou com apoio da gestão do Parque o Tour de Familiarização (Famtour), que levou várias agências de turismo para conhecer os atrativos do Parque e interagir com a comunidade. Também foi realizada uma oficina de marketing, para ajudar os comunitários na comercialização dos produtos, além da roteirização, ou seja, a escolha do roteiro turístico do Parque.

Segundo Patrícia, além de capacitar os comunitários para serem condutores turísticos, as atividades visam ao estabelecimento de alternativas econômicas complementares às comunidades, como o ecoturismo de base comunitária, oficinas de capacitação sobre negócios comunitários (empreendedorismo/ cooperativismo), sobre noções de comercialização, comunicação e marketing turístico. “As oficinas têm sido realizadas com os moradores no intuito de capacitá-los para que possam trabalhar com a atividade turística e assim ter mais uma alternativa de renda”, explica Patrícia. Os cursos também incluem artesanato e culinária, com o intuito de que as comunidades tenham produtos para oferecer para os turistas, beneficiando as populações do entorno do Parque.

Para que as capacitações começassem foi realizado um estudo socioeconômico na região, detectando os potenciais econômicos e as cadeias produtivas de cada local. “Assim podemos desenvolver os projetos de meliponiculutra, nas comunidades de Paytuna e Santana; fortalecimento da cadeia produtiva do Buriti, em Ererê; o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para que os produtores rurais de Maxirá e Maxirazinho acessem o crédito rural”, explicou. Tudo foi feito pela gestão da Unidade em parceria com os membros do Conselho, Prefeitura de Monte Alegre e outros parceiros. “É um trabalho inovador para a região, que vai fortalecer o turismo e elevar a economia”, ressalta a gerente.