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Professores do Mundiar atuam na inclusão escolar

Por Redação - Agência PA (SECOM)
17/06/2015 13h48

Trinta professores da Unidade Seduc na Escola (USE) que atuam com turmas do Projeto Mundiar - que atende estudantes com distorção idade-ano escolar - começaram a receber formação continuada sobre inclusão escolar, nesta quarta-feira (17). Na programação, realizada na Escola Estadual “Ruy Paranatinga Barata”, no bairro de Val-de-Cães, ficou claro que o professor é o protagonista desse processo de cidadania em sala de aula.

“Quando o professor atende, por exemplo, um aluno surdo com material visual e compartilha esse mesmo material com os demais estudantes na sala de aula, ele estimula a convivência harmoniosa, quebra barreiras e promove a inclusão de uma forma geral, concreta”, afirmou a professora Ana Carla Sampaio. Ana Carla atua na educação especial em escolas da rede estadual e explanou sobre a temática aos professores.

O Projeto Mundiar é desenvolvido pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) em parceria com a Fundação Roberto Marinho, atendendo estudantes do Ensino Fundamental Maior e do Ensino Médio. Nesse contexto, são atendidos estudantes que chegaram a abandonar os estudos por desinteresse, por terem ingressado no mercado informal ou formal de trabalho ou por quaisquer outras razões. Em muitos casos, são alunos de família de baixa renda e em situação de vulnerabilidade social.

Troca

Na programação desta quarta-feira (17), intitulada “A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão”, Ana Carla destacou que o primeiro passo do educador em sala de aula deve ser de “olhar, identificar os movimentos, os sentimentos, reações dos estudantes; o que ele gosta”.

Ela também ressaltou que na educação especial, em particular, não se trabalha com as dificuldades, mas sim com as necessidades e habilidades dos estudantes. “No atendimento dos alunos deficientes se tem a adaptação específica, como o uso de um material auditivo para o aluno cego e a flexibilidade, que é compartilhar o material com a turma, ambas as ferramentas destinadas à inclusão”, complementou.

Como parte das atividades com os professores, houve troca de experiências entre os docentes acerca da prática no Mundiar. Um dos casos expostos foi o relacionado ao programa na Escola Estadual “Renato Pinheiro Conduru”, em Val-de-Cães. A professora Shirlene Santos destacou que adotou medidas que conseguiram atrair os alunos de forma regular para a sala de aula. A partir do perfil sócio-econômico e cultural dos estudantes no Mundiar, as técnicas de inclusão escolar abrangem todos os casos de retomada e garantia dos estudos por cidadãos em diferentes idades.

“Desconstruímos junto aos pais o mito de atrelar a educação à punição, com ameaças como ‘se não estudar, não tem vídeo-game'. Conseguimos reverter o quadro de aluno que não sabia nem segurar o lápis; identificamos o caso de uma aluna que passou mal na escola por causa de fome”, afirmou a professora Shirlene. Ela disse que entre as práticas colocadas em sala de aula figuram Bingo da Tabuada, Carta ao Futuro e Campeonato de Jogo da Velha. De cada turma com 30 alunos no Mundiar, em média quatro são integradas por deficientes.

“Na USE 1 são 32 turmas de Mundiar e temos uma turma com 50% dos alunos deficientes. Então, de dois em dois meses teremos essa troca de experiências entre os professores visando o atendimento dos estudantes em geral no Mundiar”, afirmou a gestora da USE 1, Lucinete Albarado.