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Estado elabora planejamento estratégico com foco em 2030

Por Redação - Agência PA (SECOM)
04/10/2015 14h40

Com o auxílio da consultoria McKinsey&Company, empresa de reputação internacional no mercado na área de projetos estratégicos, o governo do Estado define iniciativas prioritárias, de médio e longo prazos, visando a construção do Plano de Desenvolvimento Econômico do Pará em um horizonte de 15 anos, até 2030.

Anunciado pelo secretário de  Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Adnan Demachki, no lançamento do Pacto pela Produção e Emprego, em 25 de agosto deste ano, o trabalho está em andamento e, para isso, estão sendo analisadas as cadeias econômicas em que o Estado tem vocação.

Os consultores têm se reunido com secretários estaduais da área de produção, além de representantes do setor produtivo, universidades, instituiçoes e organizações socias, entre outros. A primeira etapa está em fase de conclusão e em breve haverá uma reunião devolutiva para apresentação de dados e concepções à sociedade paraense.

Adnan Demachki explica que o trabalho tem como foco as cadeias produtivas eleitas pelo Estado para potencializar a geração de emprego, renda e aumento das receitas estaduais. As cadeias, a saber, são: agricultura familiar, agronegócio, mineração, florestal, logística, turismo e gastronomia, pesca, energia, serviços ambientais e biodiversidade.

“Trata-se de um projeto de planejamento de longo prazo com a formulação de macroestratégias e macropolíticas, o que demonstra o comprometimento do governo Simão Jatene com a autosustentabilidade do Estado’’, observa o secretário.

Não à toa, a Mckinsey envolve, ao máximo, atores e agentes econômicos relevantes, a fim de que todos possam contribuir e se comprometer com o Plano de Desenvolvimento Econômico do Pará. Com mais de 100 anos no mercado, a empresa é uma consultoria global, com atuação em 190 países.

‘’A demanda é guiada pelo Estado. Pensamos numa maneira mais macro, estamos definindo grandes oportunidades de criação de valores para a economia estadual, como otimizar recursos, repensar rotinas e processos, sempre com foco no desenvolvimento econômico sem o aumento de impactos ambientais, é claro’’, comenta a economista da empresa, Lívia Martini, que coordena os trabalhos em Belém.

Da primeira fase, a McKinsey quer extrair as maiores oportunidades com base nas dez cadeias identificadas, em seguida, as ações serão priorizadas dentro de um Plano de atuação do Estado, com certo grau de detalhamento numa segunda fase dos trabalhos, que devem ser concluídos até o próximo mês de dezembro.

‘’A priorização será feita de acordo com o potencial impacto e viabilidade, lógica econômica. Daí, sairão algumas oportunidades, que deverão ser trabalhadas com maior cuidado. Essas grandes oportunidades exigirão, provavelmente, algum papel importante do Estado, ou seja, haverá empenho do próprio Estado na captura dos valores que serão identificados’’, comentou Martini.

Da segunda parte do projeto, sairá um mapa detalhado para a implementação das iniciativas, com determinação do que precisa ser feito, em que ordem, por quem, em que prazo. Ou seja, uma trabalho bastante executável por parte do Estado.

Os consultores também se preparam para estruturar o Núcleo de Concessões e Parcerias Público-Privadas, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, bem como para capacitar uma equipe de acompanhamentos de projetos dentro do Estado.

A ideia é que a equipe estadual siga o plano de implementação da Mckenzie e monitore os resultados das ações executadas, garantindo para o Estado a captura dos valores a serem propostos.

Um total de 45 grandes oportunidades foram mapeadas dentro das dez cadeias produtivas eleitas. Entre elas, constam desde a verticalização da cadeia da soja e a intensificação da pecuária, sem aumento da área de cultivo ou de pasto, respectivamente; além da verticalização da cadeia do cacau, a ampliação da produção aquícola e a verticalização da cadeia do ferro.

“Nossa meta máxima, é elevar o PIB per capita (por morador) do Pará. Hoje, não atingimos nem a média nacional’’, aponta Adnan Demachki.