Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
INFRAESTRUTURA

Valor Econômico repercute investimento de R$ 17 bi na Ferrovia Paraense

Por Redação - Agência PA (SECOM)
06/11/2015 10h56

Além de destacar a iniciativa inédita do Governo do Pará na primeira linha ferroviária estadual para o transporte de grãos e minérios, ligando o polo agrícola de Santana do Araguaia, no sudeste do Estado, ao porto de Vila do Conde, em Barcarena, o Valor Econômico, um dos mais importantes veículos de economia, finanças e negócios do Brasil, trouxe nesta quinta-feira, 5, a notícia de que o Estado quer licitar o projeto já no início de 2016. A previsão é de que o edital saia, no máximo, até fevereiro.

A Ferrovia Paraense prevê R$ 17 bilhões de investimentos. O traçado é original. A linha partirá de Santana do Araguaia e passará por municípios com vocações mineradora, como Marabá e Rondon do Pará, e agrícola, como Paragominas (soja) e Moju (óleo de palma). Em Marabá, um ramal ligaria a Fepasa à linha federal da Norte-Sul.

O Valor Econômico destaca ainda que a ideia é que seja uma concessão clássica. O Estado ficará responsável por investimentos na fiscalização e regulação da atividade ferroviária, cabendo à iniciativa privada os investimentos na implantação e operação da ferrovia por 30 anos.

Entrevistado pelo veículo nacional, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Pará, Adnan Demachki, informa que os estudos de viabilidade econômica, técnica e ambiental - Evetea estão em fase de finalização e a expectativa é que a publicação do edital seja feita em até 120 dias. "O licenciamento ambiental também está em andamento e já temos sinais de interesse de três grupos", frisou o titular da Sedeme.

A reportagem reitera ainda que a Fepasa não competiria pelos grãos da "Ferrogrão", concessão federal posicionada à oeste do Estado e defendidas pelas tradings. "A soja escoada pela Fepasa seria originada no Pará e no nordeste de Mato Grosso, que está mais próximo de Santana que de Sinop", diz o secretário Adnan Demachki, referindo-se ao município do cinturão da soja de Mato Grosso.

Segundo Demachki, há hoje no Pará cerca de 2 milhões de hectares já abertos (desmatados) e os dois principais polos de grãos - Paragominas e Santana do Araguaia - crescem em área plantada ao ritmo de 15% a 20% por ano. Mas sofrem com canais logísticos ineficientes e dependentes de rodovias. O trem, nesse sentido, poderia ajudar a promover a agricultura e serviria de estopim para a verticalização - um sonho antigo do Pará.

"O Estado possui uma das maiores reservas minerais do mundo e áreas propícias para a soja. Além do mais, queremos verticalizar a produção no Pará e não ser só um corredor de passagem [de carga de Mato Grosso]", afirma Demahcki.

Confira o texto na íntegra no site oficial do Valor Econômico no endereço eletrônico: http://www.valor.com.br/.