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Pará tem mais de 4 mil casos de dengue confirmados só neste ano

Por Redação - Agência PA (SECOM)
27/11/2015 18h38

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informou nesta sexta-feira (27), em entrevista coletiva, que o Pará tem 4.362 casos confirmados de dengue até o dia 5 de novembro deste ano. No mesmo período do ano passado, foram 2.957 ocorrências, o que representa aumento de 48% nos registros. Na ocasião o coordenador estadual do Programa de Controle de Endemias da Sespa, Bernardo Cardoso, falou também sobre Zika e microcefalia.

Dos onze municípios paraenses com maior ocorrência da dengue, Belém lidera no ranking, com 1.136 casos confirmados, seguido por Parauapebas (366), Altamira (256), Senador José Porfírio (184), Canaã dos Carajás (146), Alenquer (127), Marituba (119), Breves (113), Ananindeua (107), Marabá (72) e Santarém (32).

A Sespa também deixou claro que a preocupação com a Zika segue os mesmos procedimentos em relação à dengue e à Chikungunya. Só em 2015 foram registrados 35 casos da doença no Estado. O tratamento, neste caso, é apenas paliativo, de suporte e correção de sequelas, logo, é preciso diminuir a incidência do mosquito transmissor.

Segundo Bernardo Cardoso, no Pará foram registrados cinco casos de microcefalia este ano sem associação com a Zika, número esperado, segundo ele, pois a quantidade de casos durante os últimos cinco anos mantém-se em faixa controlada. “Está sendo estudada essa possível correlação de Zika com a microcefalia no Brasil. Há uma equipe de pesquisadores e cientistas focada nessa investigação no Nordeste, onde está o maior foco, e para que não se manifeste aqui no Estado é necessário que os nossos gestores, prefeitos e secretários de saúde dos municípios intensifiquem as ações e façam buscas e precauções contra o Aedes aegypti”, disse.

Brasil - Até o último dia 21 de novembro, foram notificados 739 casos suspeitos de microcefalia, identificados em 160 municípios de nove Estados, de acordo com a segunda edição do informe epidemiológico sobre microcefalia, divulgado na terça-feira (24). O governo mantém os esforços para monitorar e investigar, de forma prioritária, o aumento do número de casos de microcefalia no país.

O Estado de Pernambuco tem o maior número de casos (487), sendo o primeiro a identificar aumento de microcefalia. Por isso, conta com o acompanhamento de equipe do Ministério da Saúde desde o dia 22 de outubro. Em seguida, estão Paraíba (96), Sergipe (54), Rio Grande do Norte (47), Piauí (27), Alagoas (dez), Ceará (nove), Bahia (oito) e Goiás (um).  Entre o total de casos, foi notificado um óbito suspeito no Rio Grande do Norte. O caso está em investigação para definir a causa da morte.

A investigação dos casos está sendo feita pelo Ministério da Saúde de forma integrada com as secretarias estaduais e municipais de saúde, com o apoio de instituições nacionais e internacionais. Comitês de especialistas apoiam o ministério nas análises epidemiológicas e laboratorial, bem como no acompanhamento dos casos.

Gestantes – É importante que as gestantes mantenham o acompanhamento e as consultas de pré-natal, com todos os exames recomendados pelo médico. O Ministério da Saúde reforça ainda a orientação de não consumir bebidas alcoólicas ou qualquer outro tipo de drogas, não usar medicamentos sem orientação médica e evitar contato com pessoas com febre ou infecções.

Segundo Bernardo Cardoso, as campanhas educacionais e de combate ao mosquito da dengue serão intensificadas no Pará. “Os vírus da dengue, Chikungunya e Zika são transmitidos pelo mesmo vetor, o Aedes aegypti, e levam a sintomas parecidos, como febre e dores musculares, mas as doenças têm gravidades diferentes, sendo a primeira a mais perigosa. A dengue, que pode ser provocada por quatro sorotipos diferentes do vírus, é caracterizada por febre repentina, dores musculares, falta de ar e moleza. A forma mais grave da doença é caracterizada por hemorragias e pode levar à morte”, informou.