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Mangueirão muda rotina ao receber jogo de futebol americano

Por Redação - Agência PA (SECOM)
14/12/2015 19h57

O time do Black Halks, de Manaus, venceu o duelo contra os paraenses do Outland Soldiers, no último domingo no Mangueirão.  O resultado no placar é o que menos importa diante da nova praça esportiva aberta pelo evento. Os organizadores do futebol americano no Pará e a Secretaria de Esporte e Lazer (Seel) comemoram o sucesso de público, de organização e da beleza que a modalidade proporcionou ao Estádio Olímpico do Pará, que já recebeu a Seleção Brasileira de Futebol, Grande Prêmio Brasil Caixa de Atletismo, e agora o futebol americano com suas medidas em jardas, regras minuciosas, uniformes e jogadores e jogadoras que mais parecem gladiadores dado o volume dos equipamentos de proteção. Música e um público diversificado transformaram o domingo, 12, no Mangueirão, mais atraente nesse intervalo dos jogos dos campeonatos de futebol profissional.

Para a secretária Renilce Nicodemos abrir o Mangueirão para o futebol americano faz parte da política de socialização do órgão. “Não podemos pensar apenas em determinadas modalidades esportivas”, disse, após acompanhar parte da programação que se desenvolvia no gramado do estádio. Para quem está recebendo o incentivo, a visão da secretária não poderia ser mais atual. Segundo Hugo Magalhães, presidente da Federação Paraense de Futebol Americano, a meta da entidade é se firmar enquanto pessoa jurídica e ampliar as ações, mas para isso, será necessário o apoio de logística, estrutura e meios para se chegar ao objetivo. “O trabalho está só começando”, disse na manhã desta segunda-feira ao site da Seel.

Organização – O primeiro passo está dado. A prática do futebol americano no Pará está crescendo e agregando valores entre turmas de jovens, profissionais liberais, estudantes, servidores públicos e familiares destes. As primeiras manifestações da modalidade ocorreram há sete anos em alguns municípios da Região Metropolitana de Belém. Atualmente, segundo o vice-presidente da FPFA, o psicólogo Otávio Maués, sete times estão estruturados; o que vai facilitar a realização do campeonato paraense em 2016. No primeiro semestre serão três equipes disputando o certame, depois, na outra metade do ano, os outros quatro devem participar.

Também está nos planos a realização de clínicas de arbitragem para criar um quadro paraense, uma vez que os juízes que vêm atuando nas competições são naturais do Rio de Janeiro ou Amazonas, sendo este último Estado com maior nível de experiência na região Norte. Outra pauta da federação é popularizar o futebol americano entre as crianças de Belém. Segundo Otávio, os canais mais próximos seriam os Centros de Referência de Atendimento Social (Cras), mantidos pela Fundação Papa João XXIII (Funpapa), onde o vice-presidente atua como psicólogo concursado. “Claro que esse item seria o primeiro passo, isso não significa dizer que estamos fechados para outros órgãos. Muito pelo contrário, queremos organizar e firmar parcerias”, avisou.

O futebol americano no Pará tem apoio das famílias dos praticantes. Para Otávio Maués essa ferramenta é fundamental para formação do cidadão. “A família tem valor social e de cidadania, esses valores são agregados à prática do esporte. Uma criança, um jovem ou até um adulto que se interessar pelo futebol americano vai encontrar esse contexto muito presente”, avaliou. “Estamos procurando mais parcerias e vamos conversar com a Seel para ver a possibilidade”, completou o presidente Hugo Magalhães.

Prática - O time do Outland Soldiers organizou o amistoso com o Black Halks, de Manaus. Cerca de duas mil pessoas acompanharam o duelo, que durou mais de duas horas. Os intervalos foram animados com sorteios de brindes, música e exibição da equipe feminina Nigth Flower. O Black Halks era o favorito, pois havia vencido os dois primeiros jogos em Belém em anos anteriores. O auxiliar técnico dos Black, Felipe Silva, disse que jogar no Mangueirão foi um momento histórico do ponto de vista de logística e de ambiente perfeito à prática do futebol americano. “Em Manaus não contamos com essa estrutura. Belém é uma cidade linda, com torcidas apaixonadas por Remo e Paysandu. Estamos agradecidos pela receptividade e apoio do governo do Pará”, disse o rapaz.

O Outland Soldiers fez sua estreia em torneio interestadual. O presidente do clube, José Hélio da Silva Junior, não escondeu o nervosismo e a emoção diante do público e da sensação de dever cumprido junto à Seel e de estar no Mangueirão mudando a história do local que nunca havia recebido um evento semelhante. “Queremos agradecer a secretária pela credibilidade”, disse.

História - Com o duelo do futebol americano e seus gigantes, o Estádio Olímpico do Pará – Mangueirão dá sinas de rejuvenescimento e de que é possível atrair eventos esportivos que não sejam necessariamente o futebol. Segundo a diretora Cláudia Moura, o local é privilegiado devido à dinâmica da construção, facilidade de acesso do público e de mesclar a simbologia da arquitetura com o histórico da capital paraense. “Sabemos que é um desafio, mas estamos prontos para enfrentá-lo. O Mangueirão é um espaço público de esporte e de lazer dos moradores de Belém e nós queremos e vamos ampliar as ações do Mangueirão às vertentes não só de evento esportivo, mas também de turismo”, destacou.