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INOVAÇÃO

Santa Casa é o 1º hospital público do Norte a dispor do Fibroscan para tratar o fígado

Aparelho é um dos mais modernos no Brasil e garante agilidade nos atendimentos

Por Samuel Mota (SANTA CASA)
22/03/2024 08h17

A Fundação Santa Casa fez a aquisição de um aparelho de FibroScan para o diagnóstico e monitoramento não invasivos das doenças do fígado. O modelo adquirido também faz a análise do baço para verificar hipertensão. A Santa Casa é um dos três primeiros hospitais no Brasil a adquirir este modelo de equipamento, já disponível no Ambulatório do Fígado do hospital. Um investimento de R$ 690 mil.

De acordo com a equipe da Fundação Santa Casa, a realização do exame pelo aparelho de FibroScan é semelhante a quem faz uma ultrassonografia. O paciente permanece deitado, e o profissional médico com a aplicação de um gel e desliza uma pequena sonda sobre o abdômen do paciente, para obter os parâmetros de fibrose e gordura do fígado.

Pioneirismo na Região Norte
O médico Rafael José Romero Garcia, responsável técnico da equipe de transplante de fígado, que atende os pacientes do Ambulatório do Fígado, afirma que são disponibilizados 100 exames por mês, para demanda interna e externa. “É o único aparelho no Sistema Único de Saúde (SUS) em toda região Norte. Este modelo, que é o mais avançado, é o único aparelho do SUS no país”.

”Com o exame podemos evitar a biópsia na imensa maioria dos pacientes, e hoje é o método mais utilizado para avaliação de fibrose do fígado, nas mais diversas causas. E por ser não invasivo é muito seguro e pode ser repetido quantas vezes forem necessárias”, informa Rafael Garcia.

A aposentada Rosilda Alves de Almeida, moradora do município de Breves (região do Marajó), é paciente do Ambulatório do Fígado da Santa Casa há cinco anos.

“Olha, se não fosse esse tratamento, eu não estaria aqui hoje. E, durante esse tempo que recorro aqui, os profissionais me tratam com carinho, com amor”.

Sobre o exame realizado pela médica hepatologista Lizomar Móia, no aparelho de fibroscan, Rosilda disse que foi  bom e rápido. “É a primeira vez que faço esse tipo de exame. Agora após o jejum, de algumas horas, vou poder me alimentar e retornar para minha cidade com a certeza de estar bem acompanhada pela equipe da Santa Casa”.

A doutora Lizomar destaca a performance do equipamento. “Desde o grau um, no caso da fibrose, 1 a 4. O 4 que é a cirrose, e também ele nos dá o grau de gordura no fígado, que é de um a três. O um é leve, o dois moderado e o três é intenso. E com isso a gente pode conduzir o tratamento de uma forma mais adequada aos pacientes”.

“A outra importância desse equipamento é que ele não é invasivo, não tem que furar o paciente, não depende também de outros profissionais para fazer um exame com uma estrutura maior. E com isso a gente ganha tempo no diagnóstico do tratamento do paciente e evita uma biópsia hepática que precisa de toda uma estrutura maior, de todos os profissionais e que acaba sendo o custo mais alto”, destaca a médica.

Para fazer o acompanhamento da eficácia dos aparelhos do hospital, o engenheiro clínico Maurício Solon conta que tem oito técnicos, cada técnico responsável por um setor específico para fazer a ronda. "Todos eles percorrem o hospital. Na ronda verificamos se o equipamento está sendo utilizado de forma correta, se apresentou algum problema, se a equipe está precisando de algum treinamento, alguma dúvida sobre o uso correto do equipamento. E isso é feito por nossa equipe diariamente e comunicada alguma intercorrência para a gerência da área”.

“Como definido pela Sespa, a Santa Casa é a referência para as doenças do fígado e para o transplante hepático. Desde o primeiro mandato do governador nunca faltou investimentos nesta área, assim como em outras, para que a gente pudesse oferecer à sociedade o tratamento completo das doenças que envolvem o fígado e a gente vem conseguindo entregar à população o melhor da medicina e do atendimento em saúde nesta área, além das demais que compete à instituição”, afirmou o presidente da Fundação Santa Casa do Pará, Bruno Carmona.