Governo do Estado inicia ações regionais do Planejamento Estratégico Pará 2050
Na primeira fase dos trabalhos, Seplad vai mobilizar a população das regiões de Integração Guajará, Guamá, Marajó, Rio Caeté, Rio Capim e Tocantins
Planejar políticas públicas que garantam um futuro sustentável, com mais igualdade e oportunidade para toda a população. Com esse objetivo, o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (Seplad), realizou evento para marcar o início das atividades regionais do Planejamento Estratégico de Longo Prazo do Estado do Pará – Pará 2050, no Instituto de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Pará (UFPA), na manhã desta segunda-feira (16).
Neste primeiro momento, a finalidade é mobilizar a população das regiões de Integração Guajará, Guamá, Marajó, Rio Caeté, Rio Capim e Tocantins. Haverá mais dois lançamentos regionais, em Marabá, na região Sudeste, e Santarém, no Oeste.
Durante o evento, a vice-governadora Hana Ghassan ressaltou a importância de um planejamento de longo prazo para o Estado do Pará, e a necessidade de planejar o futuro ainda no presente. “O objetivo deste trabalho é justamente pensar o Estado do Pará em longo prazo. Queremos construir um futuro mais justo e igualitário, em um Estado desenvolvido economicamente com igualdades sociais, e que respeite seu patrimônio ambiental, mantendo a floresta em pé. Poder contribuir para o desenvolvimento local com respeito aos costumes, às tradições, às populações e suas diversidades, potencializando os arranjos produtivos, valorizando a bioeconomia e garantindo saúde, educação, segurança e cultura a todos, à Amazônia como um todo”, disse Hana Ghassan.
Metas - O objetivo do Pará 2050 é buscar o desenvolvimento inclusivo e sustentável por meio da melhoria dos indicadores sociais, ampliação da base produtiva e competitividade econômica, melhoria da distribuição das riquezas nos territórios, promoção da sustentabilidade ambiental e do aperfeiçoamento e inovação da gestão pública.
Os principais eixos de transformação e os maiores desafios do programa estarão voltados à redução da pobreza, das desigualdades regionais e da desigualdade de renda, e ainda à implantação de novo modelo de desenvolvimento, à regularização fundiária e ao ordenamento territorial.
Trabalho integrado - De acordo com a secretária de Estado de Planejamento e Administração, Elieth Braga, o Pará 2050 é uma visão de futuro e um trabalho coletivo, que envolve diversos segmentos e inclui cada habitante do Estado.
“Somos um Pará grande, um Pará continental, de diversas realidades. Por isso, é necessário que possamos retratar nesse espelho de crescimento essa realidade diversa, respeitando o meio ambiente e trabalhando para que o desenvolvimento esteja aliado à sustentabilidade. Essa etapa é muito importante, pois passamos ao momento operacional deste plano, seguindo um cronograma de atividades para que possamos ainda neste ano entregar aquilo que vai ser o planejamento estratégico de longo prazo do Pará. Em um modelo discutido com as comunidades indígenas e quilombolas, com todos os municípios, e com as áreas e setores produtivos, para que assim consigamos aliar desenvolvimento à floresta em pé”, destacou a secretária Elieth Braga.
“Neste plano Pará 2050 nós, enquanto Federação, podemos dizer que estamos prontos para propor projetos que exerçam a sustentabilidade e que possam ser executados. Temos indígenas qualificados nas mais diversas profissões, e estamos preparados para ocupar esses espaços, juntamente ao Governo e outras entidades, e tornar o Pará um estado potente, e um estado que de fato saiba lidar com a Amazônia”, frisou Ronaldo Amanuê, representante da Federação dos Povos Indígenas do Estado do Pará (Fepipa).
Em agosto de 2022, o governo do Estado apresentou o Projeto Pará 2050 em evento no Teatro da Paz, em Belém, com a participação de mais de 400 convidados, oriundos de órgãos federais atuantes em território paraense e dirigentes e servidores de todos os órgãos estaduais, 102 prefeituras, reitores e membros da Academia, além de representantes de conselhos e da sociedade civil.
Diagnóstico e cenários - O Pará 2050 está sob a coordenação da Seplad, com previsão para ser elaborado nos próximos 15 meses, a partir de ações que incluem diagnóstico e pesquisa, elaboração de cenários, escuta social, encontros temáticos regionalizados e a institucionalização do plano nas 12 regiões de Integração do Estado.
O Comitê Gestor do Plano contará com representantes de organizações da sociedade civil para estimular a construção coletiva e participativa de decisões e a correção de rumos para o alcance de mais e melhores resultados para toda a população.