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Sespa prossegue com ações contra as geo-helmintíases em Santa Cruz do Arari

Trabalho tem como alvo os estudantes de escolas públicas na faixa etária de 5 a 14 anos

Por Mozart Lira (SESPA)
28/06/2022 12h23

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) prossegue até o dia 02 de julho, em Santa Cruz do Arari, com a implementação de ações de vigilância, diagnóstico, tratamento coletivo e educação em saúde para as geo-helmintíases, tendo como alvo estudantes de escolas públicas na faixa etária de 5 a 14 anos. 

Organizada pelo Departamento de Controle de Endemias da Sespa, por meio da Coordenação Estadual de Controle de Esquistossomose, Filariose, Geo-helmintos e Tracoma e em conjunto com o Laboratório de Parasitoses Intestinais e Esquistossomose (LAPIE)/ Secção de Parasitologia do Instituto Evandro Chagas (IEC), as atividades contam com o apoio do Sétimo Centro Regional de Saúde (7° CRS) e das Secretarias de Saúde e de Educação de Santa Cruz do Arari.

Segundo a coordenadora de Controle de Esquistossomose, Filariose, Geo-helmintos e Tracoma, Antonilde Sá da Sespa, as crianças constituem um importante grupo de risco para as infecções por geo-helmintos, uma vez que estão em fase de intenso crescimento físico e desenvolvimento cognitivo.

“O impacto negativo da infecção produz, além da redução no desenvolvimento físico e mental, diarreia, dores abdominais, inapetência, perda de peso, até complicações como a formação de granulomas e processos obstrutivos que exigem intervenção cirúrgica, podendo inclusive levar ao óbito”, alerta. 

O município de Santa Cruz do Arari foi selecionado em função da avaliação dos índices de desenvolvimento humano e saneamento que acarretam em maior vulnerabilidade e altas taxas de ocorrência destes agravos.

Para as atividades, foram selecionadas três escolas do município para a realização de exames nas crianças: Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Maria Edite da Silva, Escola Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Escola Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora do Brasil, na área rural do Jenipapo.

Até o momento, foram distribuídos 521 potes para realização de exames de fezes e os resultados foram entregues aos pais. As crianças com exames positivados e estão sendo tratadas com apoio da atenção básica e com supervisão médica. “Em todas as ações de educação em saúde distribuímos folders para fixação nas escolas, o hipoclorito fornecido pela vigilância sanitária do município e cartilhas educativas”, complementou Antonilde Sá. 

Além disso, foram incluídas ainda nas três escolas e mais na Creche Municipal Matupiri e Escola de Educação Infantil Rei Davi ações de prevenção a verminoses e de orientações sobre saúde bucal, com o apoio da equipe técnica do 7º CRS.  

Durante o período das atividades, técnicos do IEC também realizam a pesquisa malacológica por caramujos do gênero Biomphalaria, que são os vetores da esquistossomose. No município foram encontrados focos do molusco e, na sequência, coletados e analisados no laboratório para verificação da espécie e se estão infectados com a doença. 

Esta pesquisa objetiva fortalecer as ações de vigilância e controle dos vetores transmissores da esquistossomose no Estado por meio de técnicas de identificação, testes de infectividade, georreferenciamento e monitoramento das áreas com potencial risco de transmissão da doença.

Segundo Antonilde Sá, a pesquisa por geo-helmintos nas populações vulneráveis garantem o cuidado humano e a pesquisa por vetores de doenças parasitárias, no meio ambiente e de forma conjunta, são estratégias de esforços em saúde pública em favor da garantia de bem-estar das populações, com foco na prevenção e controle de enfermidades.