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CULTURA E LAZER

Margarida Schivasappa tem Pássaros e Bichos Juninos até domingo (3)

Os espetáculos integram o Arraial de Todos os Santos 2022, com entrada gratuita e acontecem sempre a partir das 19h

Por Governo do Pará (SECOM)
27/06/2022 14h29

Cerca de 14 Grupos de Pássaros Juninos e Cordões de Pássaros e Bichos vão se apresentar, até o domingo, dia 3 de julho, no Teatro Margarida Schivasappa, localizado no Centur, na avenida Gentil Bitencourt, no bairddo de Nazaré, em Belém. Os espetáculos, que integram a programação do Arraial de Todos os Santos 2022, têm entrada gratuita e ocorrem a partir das 19h.

O Teatro dos Pássaros, considerado uma das mais importantes expressões das culturas populares do Estado, busca retratar a diversidade dos povos amazônicos. Além disso, seu enredo problematiza as questões socioculturais e ambientais da região. Dessa maneira, a cada ano, os grupos juninos escolhem diferentes temas, que apresentam esse propósito, para construir a dramaturgia dos espetáculos.

Os grupos “Borboleta Azul” e “A Garça” abriram a primeira noite de apresentações, no sábado passado (25). O Cordão de Bicho, de Mosqueiro, e o Pássaro Junino, de Belém, alegraram o fim de semana do público que prestigiava o Arraial da Fundação Cultural do Pará.

Já na noite de ontem (26), foi a vez do Cordão de Bicho Oncinha e do Pássaro Junino Folclórico Beija Flor colorirem o palco do Teatro Margarida Schivasappa. 

O grupo “Oncinha”, de Icoaraci, contou com 27 brincantes - entre crianças, jovens e adultos - que realizaram o aguardado espetáculo deste ano, no Centur. A apresentação iniciou com um cortejo junino que percorreu as Praças do Povo e do Artista. Em seguida, os integrantes retornam ao Teatro para representar o enredo “O sonho de uma caçadora”.

Para Bernadete Bonifácio, guardiã do cordão de bicho Oncinha, o retorno após dois anos de pandemia significa um marco para a valorização da cultura dos pássaros e bichos juninos. “É muito importante o nosso trabalho para continuar a cultura que estava morrendo, dos pássaros principalmente, mas hoje está em ativa de novo”, ressalta a guardiã.

Há 4 anos, Mário Silva integra a percussão do grupo Oncinha. Para o brincante, foi muito gratificante voltar a ter contato com o público. “Estávamos acostumados a ter aquele comover da cultura, aquela quentura do público presente. Então, quando aconteceu a pandemia nós ficamos afastados, mas já estamos recuperando e a onça está na rua”, afirma Mário.

A apresentação do Pássaro Junino Beija Flor, de Belém, teve a participação de 15 brincantes que animaram o público com um espetáculo repleto de números musicais.

O Guardião do “Beija Flor”, Edson Carlos da Silva, aponta que os pássaros juninos são uma manifestação cultural genuinamente do Pará. Segundo Edson, os espetáculos representam uma importante ferramenta de inclusão social, sobretudo, para a população que vive na periferia.

“A gente traz eles (os jovens da periferia) para dentro do grupo, tentamos resgatar às vezes que vemos eles querendo ir pro lado negativo da vida. A gente dá apoio, conversa com eles, vê se eles tem algum problema na família, e tentamos somar com eles. E o pássaro é isso”, explica o guardião.

Joana Andrade assistiu pela primeira vez as apresentações dos pássaros e bichos juninos no Schivasappa. Na visão da professora aposentada, os espetáculos teatrais dão oportunidade para a população conhecer um pouco mais de suas raízes culturais. 

“As pessoas da periferia tem que ver o que Belém está mostrando, quais são as suas raízes culturais. Porque eu acho que só se aprende neste mundo a ter uma visão crítica das coisas a partir do momento em que você conhece a tua cultura”, destaca Joana.

As apresentações fazem parte do Edital Prêmio Folguedo Junino 2022, da Fundação Cultural do Pará, que neste ano selecionou 80 grupos das mais diversas expressões culturais paraenses. Até o dia 3 julho, dois grupos de pássaros e cordões de bichos juninos irão se apresentar por noite no Teatro Margarida Schivasappa. A programação completa está disponível no site e nas redes sociais da FCP. 

Texto de Kalylle Isse / Ascom FCP