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Estímulo do governo do Estado garante liderança do Pará na produção de dendê

Investimentos em agricultura familiar, por meio da Emater e da Sedap, fortalecem a posição do Estado, que tem uma área plantada de 230 mil hectares

Por Giovanna Abreu (SECOM)
24/06/2022 12h47

A atuação dos órgãos governamentais estaduais no incentivo à cadeia produtiva do óleo de palma, o famoso dendê, é fundamental para que o Pará fortaleça a sua posição como maior produtor nacional da oleoginosa. São 1.200 agricultores familiares inseridos através do financiamento do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf), uma área plantada de 230 mil hectares, o que gera 20 mil empregos diretos e envolve mais de 240 mil pessoas. Os municípios de Tomé-Açu, Tailândia, Moju e Acará são os maiores produtores paraenses. 

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) intensifica a atuação junto a agricultores familiares paraenses que têm no dendê sua fonte de renda. O diretor técnico do órgão, Paulo Lobato, explica que os produtores também são incentivados a utilizar as entrelinhas da cultura - espaço entre as linhas de produção de dendê - para cultivar outros produtos, como o milho, mandioca, feijão, hortaliças. 

“Isso faz com que os produtores tenham outras fontes de renda, além do dendê. Esse processo beneficia o cultivo, porque diminui a incidência de ervas daninhas nas entrelinhas e com isso diminui os custos de manutenção da área. Toda orientação repassada pela Emater tem esse direcionamento, quanto mais diverso for o sistema produtivo, mais opções de renda o produtor terá”, pontua o diretor da Emater. 

O produtor de dendê, Edmilson Ferreira, atua em Moju e Tailândia e, em média, produz, anualmente, entre 26 até 30 toneladas por hectare. “Tivemos um incentivo muito forte da Emater, especialmente no início da produção. Os técnicos nos procuraram, fizeram todos os processos para que tivéssemos acesso a linhas de créditos, levantamentos, fiscalizações e outras ações de suporte”, conta. Segundo dados do IBGE, a quantidade produzida do dendê no ano de 2019 foi de 2.543.814. Já no ano de 2020 a quantidade foi de 2.829.443.

Sustentabilidade - A coordenadora da cadeia produtiva do dendê da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), a engenheira agrônoma Marcia Tagore explica que o cultivo tem inserido dentro da sua proposta o respeito ao meio ambiente e a inserção representativa da agricultura familiar. 

“Aqui nós buscamos a sustentabilidade, diferente de todos os outros países que atuam com o dendê. O Estado tem a preocupação com uma normativa que direciona o plantio do dendê apenas em áreas já abertas, já consolidadas, sendo proibida a derrubada de qualquer vegetação. Além da inserção da agricultura familiar, a questão da geração de emprego e renda é muito importante, tanto nas indústrias como no campo. A cada 10 hectares de cultivo, temos a geração de um emprego”, ressalta a engenheira. 

O trabalho da Sedap é acompanhar todo o processo, desde a seleção dos produtores, o financiamento da produção até as resoluções junto às empresas. A pesquisa e o estudo técnico são priorizados pelo órgão.“As empresas têm todo o apoio do Governo na isenção das taxas para a implementação das suas agroindústrias. Queremos desenvolver, cada vez mais, o Estado”, pontua Tagore. A maior parte da produção atual do dendê é destinada para a produção de alimentos, mas também é destinada para cosméticos, higiene e agroindústria de biocombustíveis. 

Biodiesel - Uma fábrica de biodiesel foi instalada em Tomé-Açu, com incentivo do Estado. O intuito é verticalizar a cadeia de óleo de palma e produzir biodiesel. O novo negócio, da empresa Oleoplan Pará, foi entregue em maio deste ano, com a participação do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) e da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec), que tiveram um papel fundamental para viabilizar o projeto. 

A indústria tem capacidade instalada de 288 milhões de litros de biodiesel/ano, utilizando como principais matérias-primas o óleo de palma e sebo bovino. Os investimentos já realizados ultrapassam os R$ 185 milhões e o faturamento estimado é de R$ 405 milhões/ano, com uma folha de pagamentos de R$ 1,6 milhão/ano e geração de 112 empregos diretos, sendo 70% em Tomé-Açu, colaborando com o desenvolvimento regional. Clique e leia mais.