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Emater incentiva produção sustentável e rentável em Cametá

No Baixo Amazonas, produtores recebem assistência no manejo de açaizais nativos, além das culturas de pimenta-do-reino e da mandioca

Por Governo do Pará (SECOM)
24/06/2022 10h40

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater-Pa) comemora avanços na produção rural sustentável e rentável junto a 600 famílias agricultoras em 34 comunidades localizadas na região do Baixo Tocantins.

Em Cametá, o carro-chefe da produção familiar rural é o manejo de açaizais nativos, seguido das culturas de pimenta-do-reino e da mandioca, com ênfase na produção de farinha, além do pescado e da coleta de crustáceos.

"As expectativas da Emater para o segundo semestre deste ano com relação à prestação de serviços da extensão rural são muito boas. Em especial através das parcerias com as secretarias municipais e com as associações e cooperativas, nossa perspectiva é de ampliar o número de famílias assistidas", avaliou o engenheiro de pesca Gilmar Feitosa, que chefia o escritório da Emater em Cametá.

Na quarta-feira (22), os técnicos da Emater fizeram  a implantação de viveiro de mudas frutíferas na comunidade de Porto Alegre, distante 70 km da sede do município. Na ação, foi realizada a seleção de área e o preparo do espaço, com a participação de comunitários, para receber, em dez dias, o plantio de mudas de cacau, ingá-cipó, banana, muruci, e outras. Na comunidade, atendida pela Emater há mais de 10 anos, vivem 75 famílias que se dedicam às lavouras tradicionais, como a mandiocultura, e ao extrativismo, com enfoque na cadeia do açaí.

Produtor Clóvis, da comunidade do Caliçado, com a técnica agrícola Gracy Machado, do escritório da Emater de Cametá, na horta e sentados sob o paricáNeste primeiro semestre, já foram viabilizados recursos no montante de R$ 119.200,00, oriundos do Programa Nacional de Fortalecimento a Agricultura Familiar (Pronaf) para investimentos nas cadeias da mandioca e da pimenta-do-reino, por intermédio de projetos de crédito rural elaborados pelos técnicos da Emater.

De janeiro a primeira semana de junho, foram emitidas 74 Declarações de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento a Agricultura Familiar (Dap/Pronaf), incluindo uma Dap no modelo jurídico para a Associação de Preservação do Meio Ambiente do Rio Mupi, com finalidade de comercialização para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) por meio do Programa Alimenta Brasil (Pab).

Na comunidade do Caripi, em Cametá, na Região do Baixo Tocantins, Jeová Rodrigues Veiga, de 41 anos, recebeu em sua propriedade, às margens do rio Tocantins, uma Unidade de Referência Tecnológica (URT) implantada pela equipe do escritório local da Emater, em 2021.

Técnicos da Emater e agricultores da comunidade Porto Alegre na implantação de viveiro de mudas frutíferasCom a despesca de 100 tambaquis, o produtor rural - que trabalha principalmente com a cultura da mandioca para produção de farinha - conseguiu comercializar uma parte do pescado na própria comunidade, e a outra parte garantiu a autossuficiência alimentar da família.

"Agora eu adquiri todo o conhecimento sobre a criação de peixe em cativeiro que foi repassado pelos técnicos da Emater, e poderei manter essa atividade da piscicultura na minha propriedade como alternativa de renda e consumo", disse o produtor Jeová.

Em seu sítio na comunidade do Caliçado, distante 23 km da sede de Cametá, chamado de WA (uma referência aos filhos Wellington e Alciely), Clóvis dos Prazeres, 51 anos, trabalha com a cultura de hortaliças, cacau, banana, mandioca e ainda da pimenta-do-reino, atividade produtiva com qual o produtor contou com a assistência da Emater local para acessar o crédito rural.

"Toda a minha vida foi na roça. Foi aqui, vendendo minhas folhas e a pimenta que eu criei meus filhos que hoje estão formados, ele em ciências contábeis e ela em agronomia. Só de falar sobre isso, já me emociono", conta seu Clóvis, que já vislumbra um novo financiamento, desta vez para investir na horticultura.

Além dos sistemas agroflorestais, do viveiro de mudas de açaí, seu Clóvis mostra, com orgulho, o paricá plantado por ele há 19 anos, e que representa o trabalho de reflorestamento na área.

Com relação ao cadastramento ambiental no município, já estão em fase de elaboração 30 cadastros ambientais rurais, documento fundamental para a regularização ambiental e para acesso à políticas públicas específicas para agricultores.

 Texto: Paula Portilho/Ascom Emater