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Pará trabalha para garantir direitos de crianças e adolescentes no Turismo

Evento realizado em Belém é parte das ações do “Maio Laranja” e o 18 de Maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Por Governo do Pará (SECOM)
17/05/2022 09h44

Proteger e garantir os direitos de crianças e adolescentes no setor de Turismo: com esse objetivo, a Secretaria de Estado de Turismo (Setur), Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) e o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) promoveram, na última segunda-feira (16), a programação com o tema “Turismo Responsável: Segurança e Inclusão de Jovens e Crianças”. O evento fez parte das ações do chamado “Maio Laranja” e o 18 de maio, que é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

O secretário de Turismo do Estado do Pará, André Dias, fez um alinhamento de ações e projetos da atividade turística para contribuir com a rede de proteção de crianças e adolescentes.

“O Turismo pode ser muito bom para um destino, gerando emprego e renda, mas se ele for mal administrado, pode ser o contrário disso. A gente discute o tema para que possa ter um turismo que realmente faça bem para a comunidade. No caso do Turismo Responsável, abordamos os impactos sociais negativos que a atividade pode gerar, em especial a exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes”, explica. “Esse é um trabalho diário, especialmente com os meios de hospedagem. A responsabilidade é de todos, poder público, iniciativa privada e sociedade civil organizada”, afirma André Dias.

Segundo o capitão do Corpo de Bombeiros e coordenador das Políticas de Prevenção da Segup, Rodrigo Vale, o Governo do Pará está promovendo diversas ações quanto ao Plano Estadual de Enfrentamento à Violência e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes (PEEVESCA) e intensificando essas ações no 18 de Maio. 

Para a presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens (ABAV-PA), Edna Rocha, o esforço é coletivo. “É fundamental termos essa consciência e responsabilidade. Esse precisa ser um trabalho conjunto do trade em vigilância com o Poder público para proteção de crianças e adolescentes”, afirmou. 

“É uma data significativa. Turismo lembra coisas boas, férias, lazer, conhecimento, viagens, e não criminalidade. Vamos levar essas informações aos presentes sobre a prevenção na violência sexual contra a criança e ao adolescente. Temos que mitigar essas violências e trabalhar com o Turismo Responsável. E que os municípios tenham protagonismo nesse enfrentamento", comentou o Capitão Rodrigo, que trouxe dados sobre os municípios que mais sofrem com estupro, estupro de vulnerável e importunação sexual no estado, bem como a importância de investimentos em Planos Municipais de Segurança Pública e efetivos de Guardas Municipais.

 A promotora Mônica Freire, que está à frente do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude do MPPA, falou dos marcos legais e da responsabilidade de todos com relação ao enfrentamento, conforme está disposto na Constituição, pontuando que o Turismo aquece a economia e é extremamente benéfico principalmente quando ele respeita a dignidade de crianças e adolescentes.

“O evento serviu para que a gente pudesse dialogar com comerciantes, com rede hoteleira, com estudantes de turismo, com secretários municipais de Turismo participando via Zoom sobre essa forma de violência, que ainda é invisível e maléfica. Um recente mapeamento efetuado pelo Unicef, de 2017 até 2020, apontou que tivemos 180 mil casos de violência contra a criança e adolescente em todo o Brasil. E o nosso estado é um dos que repercute com números altos, eles ainda são subestimados”, encerrou a promotor.

Texto: Israel Pegado/Ascom Setur