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Usina da Paz Nova União recebe palestra sobre o "Maio Laranja"

A ação é relativa ao mês dedicado ao enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes

Por Raiana Coelho (FUNTELPA)
12/05/2022 17h50

A Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV), da Polícia Civil do Pará, promoveu, dentro do Programa Territórios Pela Paz (TerPaz), nesta quinta-feira (12), na Usina da Paz Nova União, em Marituba, Região Metropolitana de Belém, um encontro da rede de atendimento que atua no enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes no Estado.

A ação faz parte da “Operação Maio Laranja”, mês dedicado ao enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes, e que visa fortalecer e unificar o atendimento a pessoas em situação de vulnerabilidade ou mulheres vítimas de violência doméstica.

“O objetivo de articular a rede de atendimento de crianças e adolescentes que passam por algum tipo de violação, especialmente nesse mês da violência sexual, é tentar articular essa rede colocando a Usina da Paz, especificamente as assistentes sociais da Polícia Civil que são lotadas no complexo, como um ponto de referência para fazer os encaminhamentos devidos. Quando uma criança verbalizar dentro de uma escola ou pra um conselheiro tutelar ou mesmo pra um técnico de saúde, que teve sua saúde física, emocional ou sexual violada, esse profissional, dentro do bairro, saiba direcionar para onde encaminhar essa vítima” explica a delegada e diretora de atendimento a grupos vulneráveis, Ariane Melo.

A assistente social da delegacia especialidade na criança e no adolescente (DEAC), Edivania Duarte, reforça sobre a importância de eventos como o de hoje na UsiPaz.

“Dia 18 é o dia D, Dia Nacional de Combate a Violência Sexual de Crianças e Adolescentes, e o momento de hoje é de parar, refletir e discutir a importância do trabalho em rede, que a gente possa se enxergar mais, que a gente possa fortalecer o trabalho, que a gente atue de forma mais eficaz, mais integrada, no acolhimento, no atendimento de pessoas vítimas desse tipo de crime. É o momento de pensar como nós estamos e como nós queremos ficar a frente dessa batalha, então momentos como esse serve para rediscutir os processos de trabalho, alinhar fluxos e procedimentos, repensar a nossa atuação profissional e o que a gente tá fazendo, para que a gente possa fortalecer esse atendimento”, avaliou.

Articulação

Rita de Cassia Alves é vice-diretora de uma escola em Marituba e trouxe suas experiências, contribuindo para o debateRita de Cassia Alves esteve presente na palestra por saber a importância da função social que desempenha na vida dos jovens. Ela é vice-diretora da escola Novo Horizonte, localizada em Marituba, e conta como a troca de vivência entre outros atores da rede foi essencial para melhorar o desempenho junto às crianças e adolescentes que possam passar por uma situação de violência.

“O importante desse momento é que, quando chegam casos pra gente, há muitas dúvidas porque nós estamos na área da pedagogia, na área da educação, e esses casos são muito delicados, então a gente precisa ter esse conhecimento para que a gente possa ajudar nossas crianças da melhor forma possível. É importante que todos os nossos professores tenham conhecimento, que todo nosso quadro de profissional da escola, que é quem tem o primeiro contato com essas crianças, saibam como fazer essa abordagem”.

Para a gerente da UsiPaz Nova União, Kátia Santos, essa ação é mais uma forma de o Estado se fazer presente na comunidadePara a gerente-geral da UsiPaz Nova União, Kátia Santos, essa foi mais uma forma de o Estado se mostrar presente no que diz respeito à segurança da comunidade local e arredores, utilizando os serviços e a estrutura do complexo comunitário. 

“Nós entendemos esse um dos principais papeis das Usinas dentro dos territórios do TerPaz, nós temos como lema a questão do Estado próximo das pessoas, próximo do cidadão, então, essa palestra de hoje quis dar esse recado para a comunidade local de que a Usina pode ser um instrumento também onde as vítimas podem acessar direitos e justiça. A gente acolheu com o coração muito acalentado essa proposta da Polícia Civil, sobretudo aqui nessa região. A presença da Polícia Civil aqui hoje é para dizer a esta comunidade que o sistema de Justiça e responsabilização para essas vítimas existem, é um recado muito importante”, concluiu.

O delegado-geral da Polícia Civil, Walter Resende, destacou a atuação da instituição junto à comunidade para a prevenção de casos de violência. “O projeto das Usinas da Paz é importante, pois nos possibilita um contato direto com a comunidade. Dessa forma, a Polícia Civil se faz presente, hoje, aqui, para prestar este atendimento à população. Para mostrar que estamos trabalhando para garantir a segurança e para acolher todos aqueles que precisam, em especial, nesta programação, as crianças e os adolescentes”.
 
Participaram ainda da discussão, representantes da rede municipal de educação, técnicos de cada região de Agentes Comunitários de Saúde (ACS), os dois conselhos tutelares existentes em Marituba, o conselho municipal do direito da criança e do adolescente, o conselho municipal de assistência social, o conselho municipal de saúde e também representantes dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) presentes no município.