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Força-tarefa na região oeste fiscaliza para manter o Pará como área livre do cancro cítrico

Adepará cadastra propriedades, trabalha a educação sanitária e fiscaliza o trânsito de produtos para evitar a entrada de doenças causadas por fungos e bactérias

Por Manuela Oliveira (FAPESPA)
19/02/2022 15h17

Fiscais da Adepará inspecionam carga de citros, em Monte Alegre, município da região oeste que se destaca na produção do Estado Para reforçar ações agropecuárias no oeste paraense, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) promoveu, entre 15 e 18 deste mês, uma grande força tarefa agropecuária, envolvendo cadastramento de propriedades produtoras de citrus, educação sanitária e fiscalização de trânsito, com foco na área livre de cancro cítrico, no município de Monte Alegre. 

A ação é importante, pois a citricultura brasileira, que detém a liderança mundial, têm se destacado pela promoção do crescimento socioeconômico, contribuindo com a balança comercial nacional e, principalmente, como geradora direta e indireta de empregos na área rural. As laranjeiras, as tangerineiras, as limeiras ácidas e os limões verdadeiros são os principais tipos de citros cultivados no Brasil.

Por determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Pará recebeu status de área cancro cítrico. Assim, o monitoramento dessas pragas estabelece a manutenção desses status, bem como o título de áreas livres de cancro cítrico, em dois polos citrícolas no estado.

Inspeção inclui também trânsito de produtos no âmbito do Estado e para outras unidades da Federação, com a documentação respectivaAssim, para o trânsito de citros (limão, tangerina, laranja), a carga precisa estar acompanhada da Permissão de Trânsito Vegetal (PTV), que permite que haja o trânsito dos frutos entre as áreas livres de cancro cítrico. E Monte Alegre é um dos maiores produtores de citros do estado.

“A finalidade dessa ação de força-tarefa no município é cadastrar e atualizar os produtores na Adepará, tendo em vista que Monte Alegre é um dos maiores produtores de citros, e para exportar esse produto é necessário o documento oficial de trânsito, que dependendo do seu destino, pode ser uma GTV ou uma PTV”, detalha o Fiscal Estadual Agropecuário, Joelson Souza, um dos integrantes do grupo.

A GTV é uma Guia de Trânsito Vegetal (GTV) utilizada para trânsito interno no estado do Pará. Já quando o produtor tem a intenção de exportar o produto, ele precisa de uma Permissão de Trânsito Vegetal (PTV), conforme seu destino.

TRÂNSITO

A ação também contou com um reforço nas ações de fiscalização de trânsito nas rodovias e área portuária de Monte Alegre, com o objetivo de verificar e rastrear os produtos das cargas, se apresentavam condições necessárias de segurança fitossanitária, assim como as documentações pertinentes ao trânsito de produtos.

“Com essa fiscalização temos a capacidade de verificar e rastrear os produtos que são produzidos dentro de nosso estado, as condições necessárias de segurança e de rastreabilidade. Estamos capacitados e fazemos a fiscalização para impedir, por exemplo, que pragas entrem em nosso estado, entre outros”, explica o fiscal estadual agropecuário, Messias Ferreira Júnior.

PREVENÇÃO

Fiscais da Adepará também verificam os produtos cítricos comercializado nas feiras de Monte Alegre, para evitar a proliferação de pragasA força tarefa no município também contou com o trabalho de educação sanitária, que é uma das atividades mais estratégicas e fundamentais realizadas pela Adepará. Um instrumento de defesa que permeia todas as etapas da cadeia produtiva, bem como a sociedade em geral. 

O trabalho da educação sanitária tem o intuito de promover, por via pedagógica, a sanidade, a inocuidade e qualidade dos produtos agropecuários e seus derivados, a mudança de comportamento da realidade do educando e por compartilhamento das responsabilidades frente às ações da defesa agropecuária.  

Portanto, nesse contexto, o trabalho é importante, pois uma das consequências de uma possível entrada de pragas no estado é a chegada de doenças que não existem no Pará, como o cancro cítrico, pinta preta e Greening, doenças que se disseminam rápido e não há como controlá-las rapidamente, por se tratar de fungos e bactérias, que podem causar perda de plantios do setor comercial. Assim, a Adepará orienta para que as pessoas não tragam mudas de outros estados sem certificação.

“O Pará é reconhecido como área livre de cancro cítrico, assim é importante a manutenção desse status e a atualização cadastral de produtores dessa região, que é grande exportadora de citros para outros estados. Daí a importância dessa nossa força tarefa, no oeste paraense”, avaliou o coordenador da ação, Rafael Haber, gerente de Defesa Vegetal.


SERVIÇO

Em caso de suspeita de alguma doença, a Adepará orienta o produtor a procurar a Agência e informar sobre qualquer suspeita. Após a demanda, um fiscal agropecuário irá à propriedade para realizar coletas e o material será enviado à sede para ser encaminhado a um laboratório oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).