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Mangal das Garças doa iguanas de vida livre ao Museu Emílio Goeldi

Por Fernanda Scaramuzini (Pará 2000)
07/12/2021 17h08

É quase improvável passear no Mangal das Garças sem se deparar com iguanas (Iguana iguana), que vivem livres no local. Recentemente, algumas dessas espécies foram doadas ao Museu Emílio Goeldi. A ação tem como objetivo aproximar o trabalho realizado pelas instituições de conservação ambiental presentes na capital. O Parque também já recebeu e doou outras espécies em parceria com o Museu e Bosque Rodriguez Alves.

O trabalho de acolhimento a animais resgatados de cativeiros ou com algum tipo de limitação física realizado pelo Mangal das Garças abrange espécies como a Iguana. Atualmente, o espaço turístico conta com uma numerosa população deste animal, que vive e se reproduz no Parque. 

“A população destes répteis no Mangal é enorme, também por consequência de que muitos nasceram e cresceram em cativeiro, por isso não poderiam ser reintegrados aos habitat natural, passando, portanto, a viver e se reproduzir no Parque. O Museu já possui uma população de iguanas, porém estava reduzida, então concordamos em realizar a transferência” explica Camilo González, veterinário do Mangal das Garças.

Gonzáles conta que o Museu Emílio Goeldi também já cedeu algumas mudas de vitórias-régias, as quais a equipe técnica do parque ainda está trabalhando a instalação em ambiente adequado. Anteriormente, o Mangal já havia concedido ao Museu, um pavãozinho-do-pará (Eurypyga helias). 

“O Mangal e o Museu coabitam a mesma cidade, com os mesmos objetivos de conservação, pesquisa e preservação da biodiversidade. Estamos procurando estreitar estes laços, detectar as necessidades destas instituições e identificar como podemos intercambiar bens que eles precisam e vice-versa”, declara o veterinário. 

Camilo revela que o Museu reproduz arraias-xingu e já ofereceram alguns destes peixes ao Parque Zoobotânico. E a relação de parceria se estende, ainda, ao Bosque Rodriguez Alves, de onde veio uma das atrações mais queridas pelo público no Mangal: a arara-vermelha (Ara chloropterus), carinhosamente batizada de Linda, que hoje se encontra na ilha das aves do parque.

“Nós ainda pretendemos transferir dois guarás, que são nosso ‘carro-chefe’, para o Bosque Rodriguez Alves. O Mangal é uma grande referência na reprodução desta ave. Este tipo de trabalho gera recursos que outras instituições precisam, e podemos suprir estas carências, assim como o que eles tem, por vezes, é um tesouro para nós”, destaca Gonzáles.

No total, o Mangal das Garças possui 260 espécies vivendo no local, além das cerca de 300 garças que visitam o Parque todos os dias. Todos esses animais podem ser vistos pelo público de terça a domingo, de 8h às 18h, com entrada gratuita. Lembrando que algumas atrações como o Viveiro das Aningas, Museu Amazônico da Navegação, Farol e a Reserva José Márcio Ayres são monitoradas, com ingressos no valor de R$ 5 reais cada ou R$ 15,00, todas. 

Também vale ressaltar que, desde o último dia 6 de dezembro, para a entrada e permanência no local é obrigatória a comprovação da vacinação com duas doses, ou dose única, mediante apresentação da carteira de vacinação e RG. A exigência obedece a publicação do Decreto Estadual 2.044/2021, que vai instituir a Política Estadual de Incentivo à vacinação contra a Covid-19 no Pará.  

Programação diária no Mangal das Garças:
- Alimentação das Iguanas no caminho para o farol - 8h30
- Alimentação das Tartarugas e peixes no lago - 9h
- Passeio com a coruja Arya: de terça a sábado, às 9h
- Alimentação das aves no Viveiro das Aningas - 11h30 (monitorado)
- Alimentação das garças no Recanto da Curva: 11h, 15h, 17h30.
- Soltura das borboletas no Borboletário: 10h e 16h (monitorado)
- Apresentação das aves do Viveiro das Aningas - 16h30
- Passeio da coruja Olívia – 17h

Serviço:
Mangal das Garças - R. Carneiro da Rocha, s/n - Cidade Velha, Belém - PA
Funcionamento: aberto de terça a domingo, de 8h às 18h - Fecha às segundas para manutenção
Obrigatório apresentação de carteira de vacinação e documento de identificação para entrada no Parque. 

Texto: Beatriz Santos e Gabriel Nascimento - Ascom OS Pará 2000