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Primos vencem a Covid-19 e recebem alta juntos no Hospital Regional da Transamazônica 

Os dois pacientes, de 75 e 63 anos, foram recebidos pela família na saída da unidade, que é referência para atendimentos de casos da doença na região do Xingu 

Por Luana Laboissiere (SECOM)
26/11/2021 09h40

Um dos momentos mais emocionantes e inusitados durante o combate ao novo coronavírus na região do Xingu ocorreu na última terça-feira (23), no Hospital Regional Público da Transamazônica, unidade de saúde que pertence ao Governo do Pará e é gerenciada pela Pró-Saúde em Altamira. 

Dois primos receberam alta médica no mesmo dia, após se recuperarem da Covid-19. Adalto Rodrigues e Maria das Dores Araújo, com idades de 75 e 63 anos, puderam voltar para casa juntos, emocionando toda a equipe multiprofissional do hospital e os familiares, que aguardavam na saída da unidade.

Maria das Dores e o primo Adalto Rodrigues comemoram alta após internação causada pelo coronavírusMaria das Dores deu entrada no HRPT no dia 13 de novembro. Oito dias depois, no dia 21, o primo também foi internado. Ambos apresentavam desconforto respiratório, necessitando de tratamento e auxílio de oxigênio. Com a assistência prestada e a evolução positiva do quadro clínico, os dois puderam voltar para casa, na área rural de Medicilândia, a 85 km de Altamira.

Entre os familiares que esperavam ansiosamente pela saída de ambos estava a artesã Maria Coutinho, de 44 anos, que mora em Manaus e veio para Altamira acompanhar de perto a internação da mãe.

“Todos os anos eu venho visitar a família em dezembro, mas como minha mãe adoeceu, antecipei a viagem. A equipe sempre fazia videochamada e era muito carinhosa com ela, nos tranquilizavam, porque ficávamos aflitos, mas depois que vimos que ela estava sendo muito bem cuidada, ficamos tranquilos. É um privilégio vê-la receber alta junto com meu tio”, celebra Maria.

 

Humanização

Seu Adalto e dona Maria são recebidos com entusiasmo pela famíliaDe acordo com a enfermeira Evelyn Fontenele, durante o período de internação, ações que integram os projetos de humanização no hospital são realizadas com os pacientes em isolamento para amenizar a saudade da família, como por exemplo, com a realização das ligações por vídeo.

“Além de deixá-los mais tranquilos, porque eles entendem que tem pessoas amadas esperando por eles lá fora, a ação auxilia de forma significativa no quadro clínico. É uma sensação de missão cumprida ouvir o agradecimento deles e da família”, afirma a enfermeira.

A vitória dos pacientes na luta contra a doença é um dos estímulos para os profissionais do Hospital Regional Público da Transamazônica. Durante a despedida da unidade, dona Maria das Dores fez questão de agradecer os cuidados que ela e o primo receberam da equipe durante os dias de internação.

“Eles cuidaram com tanto carinho da gente, sendo atenciosos, ligando pra nossa família pra gente tentar matar um pouquinho da saudade que estava apertando”, afirma, emocionada,dona Maria.

 

Outras altas  

Pacientes internados no Hospital Regional da Transamazônica comemoraram volta para casaNa terça-feira (23), o paciente Raimundo Nonato, de 62 anos, também deixou a unidade recuperado, após 13 dias de internação na enfermaria exclusiva para atendimento de casos da doença. 

Bastante emocionado, seu Raimundo agradeceu o tratamento que recebeu na unidade e fez um alerta sobre a vacinação contra a Covid-19. “Eu ainda não sou vacinado, porque na época eu tinha acabado de tomar a vacina contra a gripe e estava esperando passar os dias. Mas aí eu adoeci da Covid e precisei ficar internado aqui. Mas, assim que passar os 30 dias, vou me vacinar, com certeza!”, conta o paciente.

Desde o início dos atendimentos dos casos de Covid-19 no Hospital Regional Público da Transamazônica, mais de 700 pacientes já voltaram para casa recuperados da doença. A unidade é referência para nove municípios da região do Xingu e mais de 500 mil pessoas no sudoeste do Pará, e conta com 20 leitos exclusivos para atendimentos de casos graves da Covid-19.

Texto: Karine Sued/Ascom HRPT