Programa "Mais Cacau Incentivo" ampliará número de produtores atendidos
Resultado de uma parceria entre Sedap, Senar e Funcacau, a programação será realizada até o próximo dia 27 em 10 municípios ao longo da Transamazônica
Para levar assistência técnica e gerencial continuada aos produtores de 10 municípios situados na Região de Integração do Xingu, a Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), o Sistema Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e o Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura do Pará (Funcacau) realizam até o próximo dia 27 uma série de ações do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG Mais Cacau), entre as quais, visitas nas propriedades dos produtores assistidos pela iniciativa.
O programa foi lançado em junho deste ano, nos municípios situados na extensão da Transamazônica, com o atendimento de 250 produtores, mas ampliou o raio de ação e envolverá, no total, 1.450 cultivadores de cacau. O programa ganhou uma nova denominação: ATeg Mais Cacau Incentivo, uma extensão do projeto ATeG Mais Cacau, segundo informou o gerente de Assistência Técnica do Senar, Dácio Carvalho. O programa utiliza uma metodologia de assistência técnica e gerencial, de acordo com ele, repassada pelos técnicos do Senar aos produtores de cacau que, por sua vez, recebem um acompanhamento em suas propriedades, como parte da ação.
Uma das finalidades é a melhoria da qualidade e da produtividade do cacau produzido por eles. O gerente de assistência técnica do Senar explica que o projeto abrangerá três macrorregiões distintas, além do Xingu (que pega toda a Transamazônica – onde está em prática atualmente), a do Araguaia e na região mais próxima de Belém, que é a do Baixo Tocantins que trabalha com cacau de várzea.
De acordo com ele, 40 técnicos e 40 supervisores do Senar estão envolvidos no projeto.“ Nesse cenário, a gente acredita que irá contribuir para o crescimento do aumento de produção e renda, com as orientações dos nossos técnicos e de toda equipe da nossa Ateg com o objetivo maior de melhorar a qualidade de vida do produtor e fazer com que cada município fique mais próspero e que essa cultura de cacau do Pará se torne chancelada com a assistência técnica de qualidade”, destacou Carvalho.
A programação atual iniciou pelo município de Brasil Novo no último dia 18. Os municípios de Uruará, Placas e Medicilândia também já receberam a ação durante esta semana. Desde a quinta-feira (21) até esta sexta-feira (22), o trabalho ocorrerá em Novo Repartimento. As ações continuarão na próxima semana nos municípios de Pacajá, Anapu, Vitória do Xingu, Senador José Porfírio e Altamira, onde haverá uma reunião sobre a ATeG Leite e a ATeG Mais Cacau.
Qualidade
O secretário adjunto da Sedap, Lucas Vieira, ressaltou a melhoria da qualidade da produção através do aprendizado que está sendo levado aos produtores pela ATeG. Segundo ele, o aumento da produtividade é um dos objetivos da iniciativa que resulta da parceria entre a Sedap e o Senar/Faepa e o Funcacau. “A cada dia a qualidade do nosso cacau está melhor; o Pará se mantém como o maior produtor do Brasil. É importante essa assistência técnica continuada, pois não só o produtor ganha, como a economia do estado como um todo. Estamos indo até eles para capacitá-los e com isso aumentar a sua produção e consequentemente a sua renda”, destacou Vieira.
Os agricultores que participam ou aqueles que já receberam o trabalho de acompanhamento aprovaram a iniciativa. João Medeiros, de Brasil Novo, por exemplo, disse que a assistência técnica que vem recebendo dos especialistas vai permitir a atualização de conhecimento e adoção de novas práticas fruto do avanço da tecnologia. “Esse trabalho só vem a somar; ano passado eu perdi quase 70% da minha produção por causa de fungos, mas acredito que essas orientações nos ajudarão para que isso não ocorra mais ou pelo menos que a perda seja menor possível”, opinou otimista o produtor.
Quem também já vislumbrou bons resultados com o trabalho de assistência técnica e gerencial foi a agricultora Eliane Aparecida. Ela acredita que a sua produtividade só tem a crescer. “Temos uma expectativa muito boa, precisamos ter novos conhecimentos, pois o que a gente sabe é da nossa maneira; nós nunca tivemos assistência técnica por aqui e acreditamos que com essas visitas nas nossas propriedades, só temos a ganhar”, previu a produtora de cacau.
Texto: Rose Barbosa/Ascom Sedap
