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CULTURA E CIDADANIA

TerPaz encerra 'Que Nem Maré' com crianças e adolescentes da Terra Firme e do Jurunas

O evento teve apresentações culturais, resultado das formações e oficinas oferecidas pelo projeto, com o objetivo de unir os Territórios Pela Paz

Por Elizabeth Teixeira (SEAC)
30/09/2021 20h53

A gestora do Território da Terra Firme, Gabriela Oliveira, destacou as diretrizes do Projeto "Que Nem Maré" A estudante Yasmim Victoria da Silva, 12 anos, moradora do bairro da Terra Firme, em Belém, foi uma das participantes do Sarau realizado na tarde desta quinta-feira (30), voltado a crianças e adolescente dos bairros da Terra Firme e do Jurunas, que se reuniram no encerramento das atividades do Projeto “Que Nem Maré”, promovido dentro do Programa Territórios Pela Paz (TerPaz), por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).Yasmin Victoria da Silva, estudante da Terra Firme

Sobre a participação no projeto, Yasmim disse que “uma das coisas que mais gostei foi ter conhecido novas crianças, e também de pintar”.

“Hoje foi a culminância do Projeto ‘Que Nem Maré’, que tem o objetivo de fortalecer a identidade afroamazônida, através de contação de histórias, e a formação das crianças para entenderem sobre seu lugar, seu território. Nesse encerramento, houve apresentações culturais dessas formações e oficinas, com o objetivo de unir os territórios, para que cada um possa conhecer o meio onde vive”, ressaltou a gestora do Território da Terra Firme, Gabriela Oliveira.

A programação foi realizada na Praça Ipê Roxo, na Terra Firme, e contou com o apoio das secretarias Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), de Saúde Pública (Sespa), de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e de Cultura (Secult), além da Prefeitura de Belém, que cedeu o espaço onde a ação foi realizada.Os resultados das oficinas e demais atividades realizadas foram expostos no encerramento

Amor à leitura - “Essas ações realizadas dentro do Programa TerPaz são de extrema importância. A contação de história é uma delas, e está ligada à educação por meio da leitura. Porque você desenvolver um trabalho lúdico através da leitura faz com que elas gostem do livro, e assim vamos aumentando esse conhecimento e amor pela leitura. Nós sabemos que vamos mudar a realidade deles, porque as crianças que passam a gostar da leitura permanecem assim, e o trabalho lúdico com a leitura mais ainda. Você trabalhar o teatro, a música, a poesia a partir da leitura de livros faz com que eles entendam a importância da leitura e da educação”, frisou a coordenadora da Seduc no TerPaz, Ivete Brabo. Ivete Brabo, coordenadora da Seduc no TerPaz

Para a estudante Mikaely Silva, 10 anos, moradora do bairro do Jurunas, o evento foi de aprendizado e convivência. “Aprendi muitas coisas e conheci amiguinhos novos. Saber que não somos diferentes uns dos outros, todos somos iguais, e ter saído do meu bairro para vir para o da Terra Firme, está sendo muito legal”, contou.

Além dos resumos das oficinas, durante o Sarau foi encenada a peça teatral “A Menina do Laço de Fita”, da Turma Gueto Hub. Houve ainda apresentação de uma música do Projeto “Música Pela Paz”, leitura de poesias, aulão de ritmo, serviços de orientação de saúde bucal e distribuição de kits saúde bucal para as crianças, pela equipe da Sespa, e atendimento psicossocial e jurídico, por meio da Sejudh.Crianças e adolescentes participaram da programação

“Eu adorei participar desse projeto e ter conhecido outras crianças. Eu aprendi muitas coisas, e ainda vou participei da peça, com a personagem da menina do Laço de Fita”, disse a estudante Júlia Inês Bastos, 8 anos, moradora do Jurunas. O mesmo entusiasmo foi manifestado por Geovane Monteiro, 7 anos, morador da Terra Firme. “Eu gostei muito de brincar, conhecer novos amigos, pintar, e achei muito legal ter vindo para o encerramento”, afirmou o menino.Geovane Monteiro brincou e conheceu novos amigos

Identidade - O Projeto “Que Nem Maré” promove, desde agosto, oficinas de contação de histórias e atividades lúdicas para crianças de 06 a 12 anos, nos bairros atendidos pelo TerPaz, proporcionando reconhecimento e valorização da identidade afro, indígena e ribeirinha, por meio de oficinas de leitura, arte e atividades lúdicas. A programação permite às crianças o desenvolvimento de atividades lúdicas, criativas e educativas no contraturno escolar, evitando a ociosidade.

“Esse projeto tem como objetivo principal o reconhecimento e a valorização da identidade sociocultural dessas crianças, que têm uma especificidade de território, que precisam ser reconhecidos, e elas precisam se reconhecer dentro deles. Iniciamos com uma literatura afroindígena ribeirinha, e a partir daí desenvolvemos produto de teatro, de canto, dança e várias outras expressões da arte. Pretendemos estender esse projeto para os outros territórios. Iniciamos nos bairros da Terra Firme e do Jurunas. Essa foi a primeira experiência em fazer uma conexão entre os territórios. As crianças do Jurunas vieram para a Terra Firme para fazer uma apresentação e dividirem o palco”, informou a coordenadora do Projeto, Lília Melo.

Os outros territórios atendidos pelo TerPaz também serão beneficiados com o Projeto “Que Nem Maré”.