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Serviço de Atenção ao Fissurado Labiopalatal prioriza informação e acolhimento

Referência no atendimento a crianças com fissura e outras deformidades craniofaciais, a Santa Casa do Pará oferece acompanhamento antes e depois das cirurgias

Por Governo do Pará (SECOM)
06/08/2021 20h27

O Serviço de Referência em Fissuras e Anomalias Craniofaciais da Fundação Santa Casa do Pará realizou, nesta sexta-feira (06), ação educativa em alusão ao Dia Estadual de Atenção ao Fissurado Labiopalatal. O evento, realizado no Ambulatório do Fissurado, teve distribuição de cartilha com informações importantes sobre fissuras labiopalatais e o acesso ao serviço.

A data foi instituída pelo Projeto de Lei nº 125/2017. Desde 2018, a Santa Casa do Pará é referência no atendimento de pessoas com fissura labiopalatal e outras deformidades craniofaciais, e já realizou 1.000 atendimentos. O Serviço de Referência em Fissuras e Anomalias Craniofaciais já fez o acompanhamento pré e pós-operatório de 714 pacientes, dos quais 599 são crianças que já passaram por cirurgias.A médica e cirurgiã plástica Cintia Martins (e) atendendo Ana Carolina, filha de Wesley Meireles e Sara Larissa

A médica e cirurgiã plástica Cintia Martins explicou que a maioria dos atendimentos de malformação craniofacial é destinada a crianças com fissura labiopalatal. A médica agradeceu o apoio do governo do Estado, e destacou que o Serviço é oferecido por uma equipe multiprofissional, composta por cirurgiões plásticos, pediatras, otorrinolaringologistas, odontólogos, fonoaudiólogos, assistentes sociais, nutricionistas e psicólogos, que trabalham pela reabilitação morfológica, funcional e psicossocial do paciente.

“Depois de um ano difícil de pandemia, estamos comemorando o Dia Estadual de Atenção ao Fissurado Labiopalatal. Temos muito o que comemorar, pois nessa semana conseguimos reunir toda a equipe e voltamos a atender todo mundo, no mesmo espaço físico, na Unidade Materno-Infantil Dr. Almir Gabriel”, destacou a médica. “Acabamos de atender uma criança de nove dias. Iniciamos o atendimento ainda na barriga da mãe, pois assim conseguimos orientar a mãe adequadamente, para não ser surpreendida na hora do nascimento. A criança nasceu aqui na Santa Casa, e a família teve todo o apoio multidisciplinar desde o nascimento até hoje, em sua primeira consulta. Sua primeira cirurgia será em três meses”, informou.Houve distribuição de cartilha com informações sobre fissuras labiopalatais e como ter acesso ao Serviço de Referência

Tratamento completo - A médica destacou que o Serviço faz a diferença no atendimento aos fissurados no Estado. “A gente consegue fazer um tratamento multidisciplinar completo de fato, e já conseguimos realizar, sempre com o apoio do governo do Estado e também da Smile Train, mais de setecentas cirurgias, e isso faz a diferença”, destacou a médica Cintia Martins.

Wesley Meireles, 28 anos, e Sara Larissa Soares, 24 anos, moram no bairro do Coqueiro, em Ananindeua, e são pais de Ana Carolina, a primogênita do casal, que precisou ficar internada para ser acompanhada pela fonoaudióloga na alimentação.

Sara Larissa disse que não conhecia o Serviço, e ficou surpresa com o apoio recebido na Santa Casa. “Tínhamos planejado uma gravidez totalmente diferente, e não imaginávamos que teríamos todo esse apoio, que foi muito importante, pois quando descobrimos que ela tinha fissura imaginamos muitas coisas, mas nada se comparou com o esclarecimento da doutora Cíntia, na primeira consulta. Ela nos explicou como seria a cirurgia, e disse que Ana Carolina pode ter uma vida normal, e isso acalmou nossos corações”, contou.

Wesley Meireles também destacou o atendimento recebido na instituição e a importância do Serviço na orientação aos pais. “Foi tudo muito rápido. Quando nós descobrimos, ela já tava com praticamente dois meses e meio. Aí começamos a fazer o pré-natal, e depois de várias consultas soubemos que a bebê tinha fissura labiopalatal e fomos encaminhados para a Santa Casa, onde graças a Deus tivemos todo o apoio. Acho importante esse Serviço, principalmente para as pessoas que não têm conhecimento, não sabem como é que vão fazer quando descobrirem que o bebê possui fissura. Aqui a gente teve todo um aparato, teve uma equipe médica para nos receber na primeira consulta. É maravilhoso”, garantiu.O casal Wesley e Sara Larissa agradece a qualidade do atendimento oferecido à filha, uma das pacientes da Santa Casa

Fator genético - O lábio leporino é um problema genético localizado entre a boca e o nariz, muito comum no Brasil e em vários países. O problema atinge o lábio superior, quando há divisão em decorrência de falha durante o processo de formação da face do bebê, impedindo que as duas partes do rosto se juntem adequadamente.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a incidência de pessoas com fissura labiopalatal no Brasil é de uma em cada 650 nascimentos. Essa incidência cresce em famílias com casos de fissurados, quando há predisposição hereditária. Os dados oficiais mostram que a conjugação de fatores ambientais também pode levar ao aparecimento da anomalia, enquanto a falta de pré-natal impede o diagnóstico precoce e a obtenção de informações seguras sobre a malformação.

Serviço: O agendamento de consultas para recém-nascidos acometidos por fissuras labiopalatais pode ser feito pelos fones: (91) 4009-2304 e (91) 98407-5227.

Texto: Helder Ribeiro - Ascom/Fundação Santa Casa