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Fundação Carlos Gomes é pioneira na oferta de pós-graduação em Musicoterapia no Pará

O curso, com inscrições até 30 de julho, qualificará os participantes para atuação nas áreas da saúde, educação e assistência social

Por Carol Menezes (SECOM)
02/07/2021 23h53

Fundação Carlos Gomes na av. Gentil Bitencourt, em Belém, abre inscrições para a primeira turma de pós-graduação em MusicoterapiaConsiderada uma ferramenta importante em tratamentos de doenças, a Musicoterapia é tema de curso de pós-graduação ofertado pela Fundação Carlos Gomes (FCG), com inscrições abertas para a composição de sua primeira turma de 50 alunos até 30 de julho. Esta é a primeira vez que uma instituição de ensino público do Pará oferece um curso nesta modalidade, tornando-se pioneira no segmento de qualificação profissional na área da música. 

A coordenadora da pós-graduação, Letícia Silva, que é musicoterapeuta no Centro de Integração e Inclusão de Reabilitação (CIIR), atuando no Núcleo de Atendimento ao Transtorno do Espectro Autista (Natea), explica que a musicoterapia é uma atividade que utiliza a música e seus elementos - som, ritmo, melodia e harmonia - para tratar necessidades físicas, emocionais, cognitivas e sociais de pessoas de todas as idades.

A meta é a busca pelo desenvolvimento de potencialidades e/ou restaurar funções do indivíduo, para que esta pessoa alcance melhor integração intra e/ou interpessoal, melhorando a qualidade de vida pela prevenção, reabilitação ou tratamento. "O principal objetivo do musicoterapeuta é engajar o paciente em experiências músico-sonoras, e a partir das relações que emergem delas produzir mudanças”, resume Letícia Silva.

Ela afirma que, sabendo utilizar a música, é possível proporcionar benefícios na autoestima e no bem-estar do paciente, melhorando a qualidade de vida em casa e nas rotinas fora do ambiente doméstico, além de possibilitar o conhecimento sonoro.

“Dependendo das condições do paciente que, por exemplo, tenha um diagnóstico de paralisia cerebral, é preciso verificar qual é o grau dessa paralisia, e a partir daí é possível fazer uma estimulação da coordenação visual e motora a partir da música. Outro exemplo é a o tratamento com paciente neurocognitivo, como é o caso dos autistas. Se for um paciente com autismo moderado, com dificuldade de fala e interação social, podemos estimular a fala através do canto e dos instrumentos de sonoridade, e também estimular a interação social com o grupo e o próprio terapeuta. Mas a musicoterapia pode atender tanto paciente diagnosticado como sem diagnóstico, já que não possui um foco exclusivo de atendimento, podendo atuar na melhoria da qualidade de vida de todos”, destaca a coordenadora.

A musicoterapia vem sendo usada, inclusive, pelos profissionais de saúde do Hospital de Campanha de Belém, no Hangar, para combater o estresse e a ansiedade de pacientes em tratamento contra a Covid-19, bem como no atendimento a pessoas com Síndrome de Down, no CIIR, e no projeto terapêutico realizado pelo Hospital Público Estadual Galileu (HPEG).

Lacuna - A ação mais recente do governo do Estado para incentivar o uso da musicoterapia é a abertura da primeira turma de pós-graduação lato sensu em Musicoterapia da FCG, ofertada pelo Instituto Estadual Carlos Gomes (IECC). Joel Costa, diretor do Instituto, diz que as expectativas são as melhores. “Nós tivemos todo cuidado, desde a elaboração da matriz curricular até a escolha de docentes qualificados. Vamos ofertar à comunidade acadêmica um curso com os melhores professores do mercado. Também é uma expectativa boa porque o curso vem preencher uma lacuna de formação em instituição de ensino público na área. Estamos esperando boa receptividade ao curso e aguardando animados o início das aulas”, informa.

O diretor também ressalta a importância de ter a formação em Musicoterapia para que, de acordo com as diretrizes da União Brasileira das Associações de Musicoterapia, o profissional possa atuar nas áreas da saúde, educação e assistência social. "É um mercado de trabalho que está em expansão pelas demandas que a sociedade contemporânea nos impõe”, acrescenta.

De acordo com o edital do certame, as aulas devem ocorrer em um final de semana do mês, havendo possibilidade, dependendo do andamento das aulas e entendimento entre professores e alunos, da oferta de aulas também às sextas-feiras. "Provavelmente será ministrada uma disciplina, ou duas, por mês", adianta Letícia Silva.

O curso, previsto para iniciar em setembro, terá duração de 18 meses e aulas aos sábados e domingos, no turno da manhã e à tarde. As atividades teóricas e práticas serão organizadas de forma a envolver aulas presenciais, presencialmente no Instituto e na modalidade a distância, por meio de plataforma de aulas virtuais. 

Serviço: O curso de Pós-Graduação em Musicoterapia da FCG está com as inscrições abertas até o dia 30 de julho. Mais informações no site http://www.fcg.pa.gov.br/ e pelo email coordenacao.musicoterapia@fundacaocarlosgomes.com