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MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE

Barômetro da Sustentabilidade afere indicadores sociais e ambientais nos municípios

O levantamento e a análise dos cenários são essencias para a elaboração de políticas adequadas às vocações regionais

Por Dayane Baía (ARCON)
24/06/2021 12h23

Barômetro da Sustentabilidade qualifica políticas públicas no ParáDesde o início da gestão do Governo do Pará, um dos princípios norteadores das tomadas de decisão consiste na análise técnica de cenários no território paraense. A Fundação Amazônia Paraense de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) é um dos órgãos essenciais ao fomento de pesquisa em ciência, tecnologia e inovação, por meio do monitoramento e elaboração de políticas públicas para o desenvolvimento efetivo do no Estado.

A Diretoria de Pesquisa do Meio Ambiente (Dipea) da Fapespa elabora, desde 2019, o Barômetro de Sustentabilidade, com informações de diferentes bases de dados sobre os 144 municípios, a fim de mensurar parâmetros sociais e ambientais, que se refletem na qualidade de vida da população em harmonia com os ecossistemas. 

Titular da Dipea, Roberto Tuma explica que uma metodologia específica é o alicerce para a elaboração dos Barômetros de Sustentabilidade. “É um instrumento de base estatística desenvolvido pela organização canadense World Conservation Union (IUCN), com a finalidade de avaliar a sustentabilidade de cada município, que fornece subsídio ao Governo do Estado para elaborar políticas condizentes com cada localidade. Nosso estado tem dimensões continentais, com realidades diferentes. O barômetro ajuda a mostrar a realidade específica de cada município”, detalha o diretor.

As pesquisas estabelecem dois eixos em um plano cartesiano, sendo um do bem-estar humano e o outro quanto ao ecossistema. “Mortalidades da infância e materna; número de médicos, de leitos hospitalares; ocorrência de gravidez na infância e adolescência; extrema pobreza; trabalho infantil são alguns indicadores sociais que mostram a saúde, a riqueza e a cultura em relação à comunidade. Já sobre o meio ambiente podemos citar a coleta de lixo; focos de calor; população em domicílio com banheiro e água encanada; desmatamento; Cadastro Ambiental Rural. Diante disso, fazemos um gráfico em cada indicador para ver se ele se enquadra em sustentável, potencialmente sustentável, intermediário, potencialmente insustentável, ou insustentável”, classifica Roberto.

Para realizar a análise a Fapespa utiliza diversas fontes de informações sobre os municípios, como o DataSus do Ministério da Saúde; Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep); Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre outros.

Cruzar as informações dessas diferentes bases de dados auxilia a fazer um retrato da realidade local, indicando áreas mais fortes ou fragilizadas no alcance efetivo do desenvolvimento sustentável. “É um sinalizador inclusive para os prefeitos, pois ajuda a saber com mais precisão onde devem investir ou não. Não temos nenhum município completamente insustentável, mas sinalizamos indicadores que merecem atenção quando identificamos. Um exemplo é Santa Maria das Barreiras, no sudeste, em que percebemos que o indicador de gravidez na infância e adolescência está alto”, cita o diretor.

A observação dos dados é mensal e resulta em publicações abertas para toda a sociedade. Em 2021, após encontrar semelhanças de características em municípios próximos, a instituição passou a disponibilizar análises por região. 

A mais recente se refere aos municípios da região de integração Araguaia, que integra Pau D´Arco, Sapucaia, São Félix do Xingu, Santana do Araguaia, Santa Maria das Barreiras,  Rio Maria, Redenção, Xinguara, Conceição do Araguaia, Bannach, e Água Azul do Norte.

“De modo geral houve uma melhora tanto do bem-estar humano quanto ambiental, nos dados estatísticos dessa região”, adianta o diretor. Para conferir, clique, aqui, ou acesse: www.fapespa.pa.gov.br.