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Emater integra Grupo Técnico de boas práticas e produção sustentável, para a cadeia produtiva da Pimenta-do-Reino, no Pará

Atualmente, o estado é o segundo maior produtor do vegetal no Brasil, envolvendo mais de 70 mil pessoas em sua cadeia produtiva.

Por Governo do Pará (SECOM)
23/06/2021 11h36

As boas práticas que vem sendo ressaltadas nas ações do Grupo Técnico (GT), junto aos produtores, vão desde o plantio, passando pela adubação, colheita, secagem, armazenamento e transporte do produto, no sentindo de evitar a contaminação por Salmonella. O engenheiro agrônomo da Emater, Ricardo Dohara, tem ampla experiência de campo no acompanhamento a produtores de pimenta-do-reino da região nordeste do Pará e foi um dos palestrantes do evento. Ele falou sobre a importância desse controle, tanto para se atender às exigências sanitárias, quanto para valorizar ainda mais o produto, no mercado internacional.

“A cada momento precisamos melhorar a qualidade da nossa pimenta, porque o mercado consumidor está cada dia mais exigente em relação às qualidades físicas e químicas desse produto. Esse evento é para que a gente possa aprimorar as nossas técnicas e possa oferecer para a sociedade, um produto de melhor qualidade, o que é benéfico para os produtores, para a sociedade e para o governo como um todo.”, afirmou o engenheiro.

Atualmente, o Pará é o segundo maior produtor de Pimenta-do-Reino do Brasil, envolvendo mais de 70 mil pessoas em sua cadeia produtiva. Um dos diferenciais do artigo paraense é a secagem ao sol, que segundo os especialistas, garante melhor sabor e contribui com a sustentabilidade da produção, explicou o engenheiro agrônomo, Oriel Lemos, pesquisador da Embrapa.

“A nossa pimenta é de muita qualidade. Nós usamos energia solar, pois secamos a pimenta ao sol, que garante as propriedades organolépticas dela, que são o aroma, o sabor e a pungência, e é uma forma sustentável de secar, que evita o uso de lenha e a derrubada de árvores. O mercado europeu gosta de comprar a pimenta brasileira, principalmente do Pará, pelo sabor e pelo contexto sustentável”, destacou Oriel.

A Embrapa também vem incentivando os produtores de pimenta-do-reino a utilizarem a gliricídia, como tutor vivo no plantio, que evita o uso de estacas e contribui para a sustentabilidade da produção, além de outras vantagens para o produtor.

“Usando gliricídia, em vez de estacas, nós evitamos que o produtor derrube árvores. Para cada hectare, estima-se que 20 árvores precisariam ser cortadas. E hoje, com a gliricídia, além de evitar os cortes, há o sequestro de carbono, a fixação de nitrogênio do ar, se reduzindo a necessidade de adubo”, explica

Palestras

Na última terça (22), cerca de 70 participantes, entre produtores, exportadores de pimenta-do-reino de 16 municípios do Nordeste Paraense, atendidos pelo escritório Regional da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), em Castanhal, além de técnicos da Empresa, da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) e da Embrapa Amazônia Oriental, participaram em Castanhal de uma série de palestras sobre as “Boas Práticas para a Pimenta-do-Reino, com Foco no Controle da Salmonella”. O evento foi promovido pelo Grupo de Trabalho (GT), da Cadeia Produtiva da Pimenta-do-Reino do Estado, coordenado pela Sedap e que tem como integrantes, instituições públicas estaduais e federais; e de representações dos produtores e exportadores no Estado.

A engenheira agrônoma, Márcia Tagore, coordenadora do GT, ressaltou que nesse momento, o foco é para o controle da Salmonella, visando resultados ainda para este ano.

“São 18 atividades, entre elas, as palestras que estão acontecendo em algumas regiões do Estado, especialmente nos municípios que agregam a maior produção. Além da promoção dessas ações, nós estamos fazendo todo o acompanhamento e monitoramento para ver se as práticas que estamos orientando serão adotadas e se, até o final do ano, já tenhamos resultados positivos”, explicou Tagore.

O GT da Cadeia Produtiva da Pimenta-do-Reino no Estado, é composto por várias instituições públicas e privadas, entre elas, a Sedap, Adepará, Emater, Sedeme, Embrapa, Mapa, Cooperativa Agrícola Mista de Tomé Açu (Camta)  e Associação Brasileira dos Exportadores e Produtores de Pimenta-do-Reino (ABEPI). O GT já realizou palestras em Tomé Açu e Castanhal e está organizando novos eventos para o Baixo Tocantins e Região do Xingu.

Texto: Etiene Andrade ( Ascom/Emater)