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CONSCIÊNCIA CIDADÃ

Em Belém, Hemopa coleta 271 bolsas de sangue no Dia Mundial do Doador Voluntário

A Fundação Hemopa, que abastece a rede hospitalar pública e privada do Estado, incentiva a rede de solidariedade

Por Anna Cristina Campos (HEMOPA)
14/06/2021 21h06

O compromisso desta segunda-feira (14) da estudante Raiane Priscila, 25 anos, começou na sede da Fundação Hemopa, em Belém. “Já passamos por momentos difíceis na família. Minha mãe precisou de transfusão e tivemos que mobilizar as pessoas”, contou Raiane, que se tornou doadora de repetição por entender a necessidade deste ato para manter a vida de milhares de pessoas.

No Dia Mundial do Doador Voluntário de Sangue, a Fundação Hemopa realizou uma programação diferenciada para os voluntários. As caravanas solidárias foram recepcionadas pelo Coral dos servidores, que animou a coleta de sangue. Foram coletadas 271 bolsas de sangue só na Região Metropolitana de Belém (RMB), que vão beneficiar até 1.090 pacientes internados na rede hospitalar pública e privada do Pará.

“Este é um dia que temos que celebrar e mostrar para a sociedade a importância de contribuir com a doação de sangue. Apesar da pandemia, a Fundação Hemopa não pode parar. Os pacientes continuam precisando de transfusões. E graças ao povo paraense, um povo solidário, nós estamos conseguindo atender aos hospitais”, destacou Paulo Bezerra, presidente da Fundação de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa), que agradeceu a presença dos voluntários.

Compromisso social - A caravana dos servidores do Hospital e Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti, localizado na Travessa 14 de Março, chegou com 20 pessoas determinadas a contribuir com o estoque de sangue. "A gente lida diariamente com a necessidade de sangue, tecidos e órgãos. Nada mais lógico e solidário nós estarmos aqui. As caravanas são fundamentais, e a gente tem que ter compromisso social e consciência cidadã para fazer este estímulo à doação", ressaltou Atila Cordeiro, enfermeiro e vice-diretor do PSM.

Não são apenas pacientes de urgência e emergência que precisam de transfusões. Quem convive com alguma doença hematológica (que atinge o sangue) tem necessidade constante de transfusões.

Fernanda Rodrigues Nery recebeu aos 3 anos de idade o diagnóstico de Anemia Falciforme, doença do sangue que só tem cura com transplante de medula óssea. Enquanto não encontra uma medula compatível, o tratamento é feito com remédios e transfusões rotineiras. Com o acompanhamento regular dos profissionais da Fundação Hemopa, ela chega aos 37 anos com boa qualidade de vida. “As transfusões de sangue foram essenciais. Não tem substituição para o sangue. A gente tem remédios que ajudam no tratamento, mas sangue, não!”, frisou a administradora, que tem uma filha saudável e, atualmente, mesmo com a doença controlada, precisa de transfusão uma vez por ano.

Descentralização - Além da sede do Hemopa, no bairro Batista Campos, os voluntários também doaram nas unidades de coleta dos shoppings Pátio Belém e Castanheira. Frequentadores do Shopping Metrópole, em Ananindeua (RMB) também doaram hoje. No local também haverá coleta na terça-feira (15).

“A Fundação Hemopa entende a importância de promover a descentralização e facilitar o acesso dos voluntários ao serviço de coleta de sangue. Muitas vezes, o cidadão tem vontade de ser um doador, mas o deslocamento se torna uma barreira. Então, sempre que possível, vamos até o voluntário”, explicou Juciara Farias, gerente de Captação de Doadores da instituição.

Atuação - A Fundação Hemopa está presente em nove municípios paraenses, com hemocentros de Belém, Castanhal, Marabá e Santarém, e hemonúcleos em Abaetetuba, Altamira, Capanema, Redenção e Tucuruí.

Ano passado, em todas as unidades de coleta de sangue no Pará, mais de 103 mil voluntários compareceram para doar. Foram coletadas 85.964 bolsas de sangue, um aproveitamento de 84%.

De janeiro a maio desde ano, a Hemorrede registrou o comparecimento de 43.558 voluntários, dos quais 36.636 estavam aptos e contribuíram com o estoque de sangue.

O Ministério da Saúde estima que cada estado brasileiro tenha, em média, de 1% a 3% de doadores de sangue. No Brasil, a população potencialmente doadora é de 1,6%. O Pará, com pouco mais de 8 milhões de habitantes (de acordo com a última estimativa do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), tem quase 183 mil doadores de sangue, o que corresponde a 2,2% da população, acima da média nacional.