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JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOS

Profissionais da Fundação ParáPaz participam de capacitação sobre Escuta Especializada 

Formação deve assegurar atendimento humanizado e integrado a mulheres, crianças e adolescentes vítimas de violência.

Por Nathalia Mota (PARAPAZ)
08/06/2021 17h21

Com a finalidade de contribuir na qualificação de profissionais do Estado para atuarem na escuta especializada de mulheres, crianças e adolescentes vítimas de violência no Estado, a Fundação ParáPaz em parceria com a Polícia Civil do Pará, promove durante três dias o “Curso de Capacitação de Escuta Especializada”, focado no atendimento humanizado e integrado e na implementação da Lei 13.431/2017 na rede de proteção.

A escuta especializada é o procedimento, previsto em lei, de entrevista sobre situação de violência com criança ou adolescente perante qualquer órgão da rede de proteção, em que o relato se limita estritamente ao necessário para o cumprimento de sua finalidade.

“A Fundação ParáPaz é quem tem dado aquele suporte inicial às crianças e adolescentes em situação de violência através de tratamento diferenciado desde o acolhimento até o acompanhamento psicológico da vítima e suas famílias e com certeza o curso vai acrescentar ainda mais às profissionais que diariamente já atendem com maestria nas nossas unidades”, afirmou o presidente da Fundação ParáPaz, Alberto Teixeira, que ressaltou a importância do aprimoramento profissional às servidoras que exercem seu papel no sistema de garantia de direitos. Uma cerimônia realizada no auditório “Delegada Ione Coelho”, na Delegacia-Geral, em Belém, marcou a abertura da formação na manhã desta terça-feira, 08.

Após a solenidade, o curso iniciou com o delegado Alenson Lameira, da Delegacia Especializada no Atendimento a Criança e ao Adolescente (Deaca) de Ananindeua, que abordou sobre os “Conhecimentos gerais sobre os crimes contra a dignidade; Aplicação da Lei 13.431/17 e Violência Institucional”. Na quarta-feira, 09, a assistente social Edivane Duarte, também da Deaca de Ananindeua, ministrará sobre “O acolhimento e a escuta especializada: possibilidades e desafios”, e quinta-feira, 10, os dois profissionais estarão juntos trabalhando na construção de fluxo e procedimento com a equipe técnica.

“A ideia é discutir a Lei e fazer uma abordagem sobre como é essa escuta e esse atendimento. É muito difícil uma pessoa que não tem a fundamentação necessária ouvir o relato de uma criança vítima de abuso sexual, por exemplo. Precisamos estabelecer vínculo com a vítima, gerar empatia e vamos abordar tudo isso durante a apresentação. O objetivo é fazer um trabalho continuado pois a prática precisa ser vista e revista continuamente para que a gente não caia num atendimento mecanizado”, concluiu Edivane.

Cerca de 60 profissionais entre psicólogas, assistentes sociais e pedagogas que atuam nas Unidades ParáPaz Integradas e bairros na Região Metropolitana participaram da programação e se mostraram satisfeitas com a iniciativa. “Nesse primeiro dia de curso o capacitador especificou bem como encaminhar corretamente as crianças de acordo com a idade e como aplicar as exigências previstas na Lei durante o atendimento. É essencial termos esse conhecimento técnico para prestarmos um bom serviço”, comentou Luciene Moura, que coordena uma equipe de sete assistentes sociais e seis psicólogas na Unidade Integrada ParáPaz Santa Casa, local de referência no acolhimento às crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. 

Na ocasião, estiverem presentes o delegado-geral de Polícia Civil do Pará, Walter Rezende; da delegada-geral adjunta Daniela Santos, delegada Fernanda Maués, titular da Academia de Polícia Civil (Acadepol); Diretora de Atendimento a Grupos Vulneráveis, delegada Cynthia Viana e demais autoridades e representantes da Fundação ParáPaz.