Depressão pós-parto é tema de ação em homenagem às mães na Santa Casa
Evento debateu a doença e entregou brindes e uma cópia do livro ‘Eu Venci a Depressão'
A depressão pós-parto foi tema de ação em homenagem às mães na Santa Casa do Pará na manhã deste sábado (8). Realizada pelo grupo Depressão Tem Cura, o evento debateu a doença e entregou às mães brindes e uma cópia do livro ‘Eu Venci a Depressão’.
O pastor Fábio Nostorio, responsável pela atividade no hospital, explicou que o grupo foi criado há quase dois anos para levar conforto e esperança às pessoas que sofrem com depressão, e hoje possui mais de 10 mil voluntários em todo o Brasil.
“No início da pandemia, eram cerca de 12 milhões de pessoas com depressão em todo o mundo, hoje são mais de 20 milhões. As pessoas estão mais propícias às crises emocionais e problemas como a depressão, ansiedade e crise de pânico. Por isso, estamos com esse trabalho de levar às pessoas um fio de esperança. Já fizemos ações no porto do Ver-o-Peso, em estações de ônibus e nos semáforos, pois sabemos que a depressão vem crescendo, e infelizmente muitas pessoas têm tirado a própria vida por causa da doença”, alertou.
Cláudia Valéria Medeiros Coelho, 21 anos, é mãe do Manoel Guilherme que nasceu prematuro pesando 2,400g. Ela veio do município de Mocajuba, está há três dias na Santa Casa e disse estar feliz com o atendimento recebido na instituição. Para ela, essas ações são bem-vindas, pois buscam evitar que as mães tenham depressão pós parto. “Isso ajuda muito quem não têm apoio”, avaliou.
Para o médico obstetra Cláudio Menezes, essas ações são positivas porque auxiliam as pacientes com tristeza pós-parto a não evoluírem para uma depressão pós-parto. Ele trabalha há 21 anos na maternidade e explicou que a tristeza pós-parto é comum, afetando cerca de 50% a 80% das mães. Já a depressão pós-parto é mais rara, mas já houve casos na maternidade.
“A depressão pós-parto é resultado de uma série de fatores, mas um dos principais é o desequilíbrio hormonal, que acontece devido à mulher ter alta taxa durante a gravidez e, quando chega no puerpério, essa taxa hormonal cai consideravelmente, mas tem também outros fatores, como sociais, psicológicos e espirituais. Por isso, acho que é bom, pois cuidar da parte espiritual é importante para todo mundo, ajuda muito”.
Por: Helder Ribeiro (Ascom / Santa Casa).
