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Sespa realiza ações de monitoramento para verificar incidência da leishmaniose em Soure

Nenhum caso da doença é registrado no município desde o ano passado

Por Giovanna Abreu (SECOM)
05/05/2021 10h47

Equipes de Entomologia (responsável por insetos) da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) estão monitorando áreas residenciais dos bairros São Pedro, Umirizal e Matinha, em Soure, no arquipélago do Marajó, para verificar a incidência da leishmaniose tegumentar e visceral.

Nenhum caso da doença é registrado no município desde 2020, no entanto, ela é considerada endêmica na região. Em 2017, uma ação identificou 15 cães reagentes para leishmaniose visceral canina, apenas nos bairros periurbanos de Soure.

Segundo o diretor do 7º Centro Regional de Saúde da Sespa, Valdinei Teixeira Junior, a realização de um levantamento e coleta de mosquitos (entre eles o mosquito-palha) para verificar a incidência da doença na localidade são necessários para dar suporte e subsidiar a tomada de decisões da prefeitura municipal, que atua diretamente com o agravo da doença.

“É necessário desenvolver um trabalho de vigilância, ou seja, deve ser feito continuamente, mesmo sem o registro de casos, para que o município esteja sempre preparado para intervir, caso seja verificada a incidência da doença. Se aparecer algum caso, a gente estará preparado para combater”, assegura. 

Monitoramento ocorre em áreas residenciais dos bairros São Pedro, Umirizal e Matinha, em SoureAdriana Tapajós, diretora do Departamento de Endemias da Sespa, explica que as leishmanioses são doenças infecciosas e não contagiosas causadas por protozoários do gênero leishmania. É contraída pela picada da fêmea de flebótomos, conhecidos como mosquito- palha.

SINTOMAS

Os principais sintomas da leishmaniose tegumentar são feridas (úlceras) na pele que não cicatrizam. Se não houver cuidado médico, a parte afetada pode ficar com cicatrizes ou evoluir pra deformidades. No caso da leishmaniose visceral, os sintomas são caracterizados pela febre, falta de apetite, perda de peso e aumento do volume do abdômen. Se não tratada, a doença pode levar a óbito.

“Com o aparecimento dos sintomas a principal orientação é não se automedicar ou passar qualquer tipo de pasta ou medicamento caseiro no local da lesão. Procurar a unidade de saúde para ser avaliado por um profissional de saúde e realização de exame paga diagnóstico da doença”, orienta a diretora.

AÇÕES DE SAÚDE

Segundo informações da Direção do 7º Centro Regional de Saúde da Sespa, responsável pelas ações de saúde em nove cidades do Marajó, a equipe com servidores realizará a primeira etapa desse trabalho em 10 dias, até o próximo dia 6 de maio, em campo. A captura dos mosquitos realizada pelas equipes da Sespa é feita durante a noite, nas áreas consideradas periurbanas de Soure. 

Em seguida, os insetos vetores são analisados nos laboratórios em Belém para identificar se há contaminação, qual o vetor predominante naquela área (afinal há várias espécies de insetos) e isso gera um relatório técnico, enviado para o Laboratório Central (Lacen) e para o município, o que irá embasar medidas de enfrentamento e combate que devem ser feitas pelos entes públicos municipais. A função da Sespa, nesse caso, é monitorar, supervisionar e oferecer apoio técnico ao município.