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Custodiadas confeccionam roupas e acessórios alusivos ao Dia das Mães

Os produtos estão à venda, por encomendas à Cooperativa Social de Trabalho Arte Feminina Empreendedora (Coostafe)

Por Vanessa Van Rooijen (SEAP)
01/05/2021 15h34

As custodiadas realizaram um desfile em que elas próprias apresentaram as peças e roupas que confeccionaram para vender Emoção, afetos e lembranças maternais integram as linhas usadas para confecção de roupas e acessórios feitos por mulheres privadas de liberdade, e que integram a Cooperativa Social de Trabalho Arte Feminina Empreendedora (Coostafe).

A coleção denominada "A cara da mamãe" é alusiva ao Dia das Mães, no domingo de 9 de maio, e as peças estão à venda, por encomendas para o e-mail caradamamae.coostafe@gmail.com. Para comprar, é preciso informar o código do produto. Em resposta, a pessoa será informada do preço e da data de entrega. Um total de 24 internas do Centro de Reeducação Feminino (CRF), de Ananindeua, participam do projeto.

Para divulgação das peças, as custodiadas realizaram um desfile dia 27 de abril, a fim de compor o  catálogo virtual, que também pode acessado aqui. O evento foi dividido em quatro etapas e em cada uma delas foram apresentados os acessórios e as roupas, cujas tonalidades de cores remetem às nuances da passagem do dia, considerada pelas internas como as tonalidades do Dia, Tarde, Noite e de Dormir.

Peças à venda pelo e-mail caradamame.coostafe@gmail.com A atividade aconteceu na casa penal, sem público, dentro dos protocolados de segurança contra a Covid-19. As próprias internas desfilaram com acessórios, bolsas e colares de cerâmica para apresentar o "Cores da Terra", da coleção “A cara da mamãe”.

Erinete Aquino, 47 anos, presa há dois anos, produziu peças e já participou de diversos desfiles na casa penal. Ela disse que a campanha alusiva ao Dia das Mãe trouxe uma outra visão de vida, além de emocioná-la pela saudade da mãe dela, que espera ver assim que concluir a pena.

“Eu me sinto feliz com isso. Eu sinto saudade da minha mãe, mas eu creio que logo eu estarei perto dela. Ela está aqui dentro do meu coração”, disse Erinete Aquino.

“Aqui (no sistema prisional) eu tive a oportunidade de desenvolver minha criatividade. Aprendi e agradeço pela oportunidade. Eu falei para ela (mãe) que eu queria outra vida e aqui eu tive essa oportunidade. Eu sou grata. Não tenho nem palavras para dizer. Aprendi tudo que eu sei através da Coostafe”, disse Franciele Lima, 23 anos, presa há cinco anos.

De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), as peças estão disponíveis para venda sob encomendas. O objetivo da atividade é contribuir com o processo de reinserção social das internas. Para confeccionar os artios da coleção "A cara da Mamãe", as custodiadas colocaram em prática os ensinamentos já promovidos pela Coostafe para a produção de produtos artesanais. O que pode lhes asseguar uma renda quando estiverem fora do sistema penitenciário.