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Seduc comemora o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais

Há 19 anos, neste mesmo dia, foi publicada a Lei n° 10.436, que reconheceu a Libras como novo meio de comunicação da comunidade surda no Brasil

Por Lilian Guedes SEDUC (SEDUC)
24/04/2021 15h12

A aluna Rebeca Melo A Secretaria de Estado de Educação (Seduc), por meio da Coordenação de Educação Especial (Coees), celebra, neste sábado, 24 de abril, o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais (Libras). A data comemorativa foi escolhida, pois há 19 anos, neste mesmo dia, foi publicada a Lei n° 10.436 de 2002, que reconheceu a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como mais um meio de comunicação utilizado pela comunidade surda no país.

Evidenciar esta data é de grande importância para os alunos surdos, tendo em vista que, a Libras é considerada a sua língua materna e durante o processo formativo desse público-alvo, a primeira forma de comunicação é através desse dialeto. Segundo o coordenador do Coees, Felipe Linhares, é de suma relevância proporcionar espaços que possibilitem o processo de ensino-aprendizagem das pessoas surdas ou com deficiência auditiva e também destaca a importância da Libras para toda a sociedade. 

“Esta data é importante não apenas pelo reconhecimento legal que ela possui, mas também pela ligação direta que há com a identidade da comunidade surda e suas características. Neste momento, a gente comemora conquistas, reconhecimentos, a valorização desse público e também tudo aquilo que faz parte do processo organizacional que a comunidade vem, ao longo dos anos, trabalhando e conquistando”, pontuou o coordenador.

É importante frisar que a Seduc dispõe de dois espaços específicos, ambos situados no bairro do Souza, em Belém, que desenvolvem atividades pedagógicas para os surdos e para as pessoas com deficiência auditiva. A Unidade Educacional Especializada - Astério de Campos é um local que atua há mais de 50 anos com o Atendimento Educacional Especializado (AEE), na educação bilíngue e também na formação - orientação das famílias. Outra unidade de referência é o Centro de Assistência ao Surdo (CAS), que se destaca como um espaço que fomenta a comunidade surda para a sociedade.

Vale destacar que esses locais são específicos e referenciais na educação de surdos, porém, em todo o Estado, a Seduc possui salas com recursos multifuncionais, que permitem o atendimento adequado desses alunos. Neste sentido, respeitando essa particularidade do uso da Libras, ainda há outras Unidades Especializadas nas demais regiões paraenses que não atendem exclusivamente os surdos, mas fazem o atendimento deste público-alvo.

A professora de Libras Geny das Mercês FerreiraO coordenador do CAS, Ney Giovanni, ressalta a importância do espaço para os alunos surdos, além de detalhar sobre o funcionamento da unidade e dos projetos que são desenvolvidos no local. Ainda de acordo com o dirigente, o centro de atendimento possui, no momento, cerca de 320 alunos entre surdos e ouvintes.

“O CAS tem como característica principal a formação e o assessoramento de políticas públicas para os surdos, mas também atuamos com a orientação às famílias e em alguns projetos específicos. Desenvolvemos ações através de intercâmbio, em parceria com o CAS de outros estados e do Ines (Instituto Nacional de Educação de Surdos). No local, também realizamos cursos de libras, com o intuito de capacitar os professores da rede estadual de ensino, além de formar novos tradutores e intérpretes de Libras que, por sua vez, facilitam a comunicação entre alunos surdos e professores”, explicou Ney Giovanni.

Atualmente, na rede estadual de ensino, o trabalho é feito em espaços organizados pedagogicamente, que contam com a presença de vários profissionais capacitados para que seja garantido não só a inclusão, mas a permanência e as garantias do direito da educação para os surdos e deficientes auditivos. Por fim, é importante evidenciar o convênio que a Seduc tem com o Instituto Felipe Smaldone, instituição que também oferece atendimento especializado aos surdos em Belém.

Por: Vinícius Leal com colaboração de Rodrigo Moraes (Ascom/Seduc).