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MEIO AMBIENTE

Em carta a Joe Biden, Pará e mais 24 estados pedem cooperação para fortalecer agenda ambiental na Amazônia

Helder Barbalho, que representou os governadores da Amazônia, destacou a responsabilidade com o equilíbrio do clima no planet

Por Bruna Brabo Secom (SECOM)
20/04/2021 17h00

Em iniciativa inédita em defesa do meio ambiente, o Governo do Pará se une a mais 24 estados na entrega de uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com o objetivo de fortalecer a agenda ambiental internacional e o Acordo de Paris, que estabelece metas para melhorar o clima no planeta. O documento foi enviado nesta terça-feira (20), durante videoconferência com o embaixador dos EUA no Brasil, Todd Chapman.

Representando os governadores da Amazônia, Helder Barbalho reforçou os interesses e as ações dos estados em busca de soluções para contribuir com o crescimento socioeconômico e ambiental da região. “Se faz necessário reafirmar o compromisso dos governos subnacionais com a agenda de enfrentamento às mudanças climáticas. É fundamental que as políticas públicas brasileiras possam estar concebidas e lideradas no campo federal, junto com os órgãos que atuam diretamente com essa agenda. Contudo, para que essa efetividade se concretize, se faz necessário agir em conjunto com as ações dos governos estaduais. Também reafirmo as responsabilidades dos governadores da Amazônia para o equilíbrio do clima global e a consolidação de ações para o combate ao desmatamento ilegal e ao enfrentamento das queimadas”, ressaltou o governador do Pará.

O governo paraense tem como meta central a redução de emissões brutas de Gases de Efeito Estufa (GEE), do Setor de Mudanças de Uso da Terra e Floresta, tendo como base a média de emissões entre os anos de 2014 e 2018, conforme o Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de efeito estufa, do observatório do clima (SEEG).

A carta prioriza a defesa da humanidade e demais espécies de vidas ameaçadas pela degradação dos ecossistemas. “É a reafirmação do compromisso dos estados subnacionais de fazer uma efetiva economia de baixo carbono, respeitando o meio ambiente. Os 24 estados que assinaram o documento representam mais de 90% do território nacional. É extremamente importante a parceria entre os estados brasileiros e os EUA na construção de um modelo de desenvolvimento sustentável”, ressaltou o secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O’de Almeida.

Investimento - O Plano de Proteção da Amazônia, proposto pelo presidente Joe Biden, tem como objetivo constituir políticas que possibilitem aos Estados Unidos o investimento de US$ 20 bilhões na proteção da floresta amazônica. O planejamento é constituído por quatro pilares: financiamento público e privado, comércio favorável à floresta, cadeias de abastecimento limpas e transparentes e diplomacia robusta. 
A parceria pode somar rapidamente capacidade técnica, grandes áreas regeneráveis e governanças locais à imensa capacidade de investimentos da economia norte-americana, conectando políticas públicas, conhecimentos científicos, instrumentos inovadores e iniciativas empresariais. “Vamos buscar soluções para um novo modelo econômico para nossa região, que preserve suas vocações e que encontre o desenvolvimento com a sustentabilidade, para que possamos cumprir nossas metas e estimular a bioeconomia. Temos que assegurar também o sustento e a oportunidade de emprego para os mais de 23 milhões de brasileiros na Amazônia”, completou Helder Barbalho.

“Amazônia Agora” - Principal política pública nas áreas de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural do Governo do Pará, o Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA) reúne atualmente quatro componentes centrais de atuação, que buscam conciliar o cuidado e a conservação do meio ambiente com o desenvolvimento das potencialidades da economia rural no Pará: Comando & Controle (repressão aos crimes ambientais); Ordenamento Ambiental, Territorial e Fundiário (regularização e segurança jurídica para investimentos); Territórios Sustentáveis (incentivo técnico e fomento aos produtores rurais, aliado à certificação da produção e ao acesso a novos mercados) e Financiamento Ambiental de longo alcance (captação de recursos para políticas públicas e estímulo a projetos socioambientais).