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Oficina da Sespa debate rede de assistência para mulheres

Por Redação - Agência PA (SECOM)
22/03/2017 00h00

Profissionais de saúde da atenção básica de Belém e Ananindeua iniciaram nesta quarta-feira (22) o debate sobre o aperfeiçoamento da rede de assistência para mulheres, por meio da primeira oficina do projeto estratégico “Atenção do controle do câncer de colo de útero no Pará – Linha de cuidados, capacitação e Rede de Atenção à Mulher”, elaborado pela assessoria técnica da Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa) em ação conjunta com integrantes das coordenações estaduais de Saúde da Mulher, Atenção Oncológica e Educação Permanente em Saúde e do Núcleo de Gestão na Atenção à Mulher (Nagam).

Idealizado pela secretária adjunta da Sespa, Heloísa Guimarães, o projeto integra o Plano Estadual de Atenção à Mulher, que estabelece ações de saúde voltadas às linhas de cuidado e rede de atenção à mulher no pré-natal de risco habitual, pré-natal de alto risco e combate ao câncer de colo do útero. O plano será desenvolvido nas treze regiões de saúde nos anos de 2017 e 2018.

Realizada até esta sexta-feira (24), na Escola Técnica do SUS, em Belém, a oficina corresponde à segunda fase do plano, que já possui o diagnóstico situacional da rede assistencial nas 13 regiões de saúde do Estado. O momento agora é de desenvolver ações educativas aos profissionais de saúde da atenção básica e média complexidade por meio de oficinas. De acordo com a coordenadora do Nagam, Nazaré Falcão, os três dias de atividades com os profissionais de Belém e de Ananindeua servirão para orientar a reorganização do fluxo de atendimento nas linhas de cuidado e rede de atenção, monitorar e avaliar sistematicamente a execução do projeto.

Graças ao projeto, segundo Nazaré, no decorrer de 2017 a Sespa continuará fortalecendo as ações de controle do câncer de mama e intensificará a prevenção do câncer de colo do útero, garantindo tratamento de lesões precursoras. “Nesse projeto estamos inserindo a população feminina de 25 a 64 anos, por região de saúde e município. A meta é quantificar 40% da população feminina para o Exame de Rastreamento do Câncer de Colo do Útero (PCCU). Para isso, vamos contar com as equipes de saúde básica, especialmente os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), inclusive para incentivar o homem a se tratar e deixar de proibir a companheira de fazer o preventivo”, explicou a coordenadora, após a dinâmica de grupo estabelecida com os mais de 20 profissionais escalados para participarem da oficina.

O câncer de colo do útero é o tumor com maior potencial de prevenção e cura quando diagnosticado em estágio inicial. Em 2013, o Hospital Ophir Loyola recebeu 488 casos novos, 547 em 2014 e 564 em 2015. “De 2005 a 2010, a instituição recebeu 3,5 mil casos novos de câncer do colo do útero por ano. Desse total, 1437 já chegaram em estágio avançado e foram diretamente para cuidados paliativos. Muitos casos poderiam ser curados se diagnosticados precocemente. Em todo o Pará, já existem 20 Serviços de Referência para Diagnóstico e Tratamento de Lesões Precursoras do Câncer do Colo de Útero. Eles fazem diagnósticos e tratamentos precoces do câncer de colo de útero.

“Em outubro de 2016 houve uma sensibilização da sociedade em geral com o Movimento Outubro Rosa. O número de mamografias realizadas no mês deu um salto importante. Assim como os dados relacionados à prevenção do câncer de colo do útero e tratamento de lesões precursoras, que revelaram uma queda importante nos últimos anos desde a realização do preventivo (PCCU), considerado o exame de rastreamento do câncer de colo, quanto nos demais procedimentos que dependem dos resultados do preventivo para serem realizados”, informou Nazaré Falcão.

(Com informações de Edna Lima)