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Projetos do Governo amparam setor cultural paraense durante a pandemia

Os festivais 'Te Aquieta Em Casa' e 'Minha Banda na Cultura', além da gestão dos recursos da Lei Aldir Blanc, foram algumas das iniciativas desenvolvidas pelo Estado

Por Gabriel Marques (SECULT)
13/03/2021 19h49

Em março de 2021, a pandemia de Covid-19 completou um ano. Além da mortalidade, a doença também afetou diversos setores da sociedade por conta das restrições e fechamentos constantes para evitar maior propagação do vírus. Um dos mais afetados foi o cultural. Artistas, fazedores de cultura e profissionais que fazem parte dessa cadeia tiveram suas atividades interrompidas e o segmento precisou de iniciativas que movimentassem e amparassem estes profissionais.

De um ano para cá, o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), desenvolveu iniciativas eficazes para amparar o setor cultural e permitir, de forma reduzida ou remota, que as produções artísticas no Pará continuassem suas práticas.

Em março de 2020, período no qual o Estado já havia anunciado medidas importantes de distanciamento social, a Secult desenvolveu e lançou o “Festival Te Aquieta Em Casa”, edital que selecionou, ao todo, 380 conteúdos digitais de fazedores de cultura paraenses, com remuneração de R$ 1.500 cada, para conter os impactos econômicos e sociais causados. O apoio inicial permitiu que artistas de variadas linguagens trouxessem conteúdos em vídeo paras as redes sociais, movimentando a internet e a economia por meio da cultura e da arte.

Lei Aldir Blanc – A maior iniciativa na área da cultura, a Lei de Emergência Cultural, surgiu em 2020 para conter os impactos econômicos e sociais causados pelo encerramento das atividades. No Pará, a Secult geriu um investimento total de R$ 72 milhões, por meio do auxílio emergencial que assistiu 2.905 agentes com um total de mais de R$ 8 milhões e mais 28 editais que contemplam diversos segmentos da cultura. Durante o processo, foi firmada uma parceria com 11 OSCs de vários municípios paraenses para a realização de editais, o que resultou em 3.356 projetos contemplados de todas as regiões de integração do Estado.

“Durante este período de pandemia, trabalhamos com muito amor e responsabilidade em diversas frentes para ajudarmos os fazedores e fazedoras de cultura do Pará. A Lei Aldir Blanc é marco histórico para o setor cultural. Os recursos permitiram que as pessoas que fazem a cultura do nosso Estado pudessem realizar seus projetos, terem seu ganho e ainda movimentassem toda uma cadeia de profissionais que estão ligados a esses fazeres. Continuamos em ritmo acelerado, trabalhando para que os fazedores de cultura do Pará possam realizar suas atividades”, explica Ursula Vidal, secretária de Cultura do Estado.

Lorena Furtado foi uma das criadoras da rede criativa e colaborativa Beirando a Moda, contemplada no edital de Festivais Integrados. “A pandemia pegou todos de surpresa. Foi um susto e não sabíamos o que fazer”, conta. Segundo ela, a Lei Aldir Blanc foi a oportunidade que deu esperança para o projeto. “Inscrevemos o nosso projeto e no final de tudo conseguimos passar. Ficamos felizes de poder continuar realizando o projeto. Ele foi metade presencial e metade online”.

O presencial contou com oficinas de desenvolvimento para os empreendedores que fazem parte da rede do Beirando a Moda. Foram três turmas, com total de 45 artesãos. A etapa online consiste em um mercado com a venda dos produtos. “Essa segunda etapa tem sido uma surpresa muito positiva! Foi um desafio, mas já sentimos esse retorno de quem consome”, afirma Lorena.

Festival Minha Banda na Cultura

Os músicos tiveram um projeto direcionado para o segmento. O Festival Minha Banda na Cultura selecionou grupos musicais para exibirem clipes ou trechos de apresentações nos intervalos da programação da TV Cultura. Na primeira edição, em 2020, a iniciativa premiou 118 grupos musicais com cachês de R$ 2 mil a R$ 6 mil.

Em 2021, a segunda edição ampliou a premiação permitindo também que técnicos, roadies, iluminadores e Djs também fossem selecionados. Foram premiadas 119 bandas (857 profissionais, ao todo), com o apoio emergencial no valor de R$ 500. A iniciativa é uma realização da Academia Paraense de Música, Funtelpa e do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, e patrocínio do Banco do Estado do Pará, com apoio da União dos Artistas do Pará.

Para o cantor Roberto Bino, contemplado no festival juntamente com sua banda, a pandemia impactou de maneira muito forte o trabalho dos músicos em geral. “Nosso ganha pão vem quase 100% das apresentações musicais que acabaram sendo proibidas por conta da aglomeração. O Festival chegou para dar uma ajuda na minha vida e na vida de tantos outros músicos que estão com dificuldades para fechar as contas do mês”, relata o artista.