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Seminário destaca ações para reduzir a incidência de tuberculose no Pará

Por Redação - Agência PA (SECOM)
24/03/2017 00h00

Celebrado anualmente em 24 de março, o Dia Mundial de Combate à Tuberculose foi lembrado no Pará com a realização do seminário “Prevenção e Cuidados Integrados e Centrados no Paciente”, nesta sexta-feira (23), no Hotel Soft em Belém. A programação foi organizada pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Coordenação Estadual do Programa de Controle da Tuberculose, com o intuito de alertar tanto os profissionais de saúde como a sociedade em geral sobre a importância de o paciente aderir e completar o tratamento contra a doença, que tem duração de, no mínimo, seis meses.

Durante a abertura das atividades, a coordenadora do Programa Estadual de Combate à Tuberculose, Lúcia Monteiro, lembrou que o Estado registra uma média de 3.200 casos novos por ano, com uma taxa de cura de 73,1%, abandono de 8,9% e mortalidade de 2,4 por cada 100 mil habitantes, além de contar com quatro municípios considerados prioritários - Ananindeua, Belém, Castanhal e Marabá - para o combate à doença dentre os 181 do país.

O médico Helio Franco, assessor da Sespa, destacou a importância do evento para sensibilizar a população sobre a prevenção e tratamento da doença. "É uma data para mobilização, seja mundial, nacional, estadual e local, e busca envolver todas as esferas de governo e setores da sociedade na luta contra esta enfermidade. É uma data fundamental para a intensificação das ações de controle da doença no Estado", disse.

Só em Belém, segundo dados da Secretaria de Saúde do Município (Sesma), a taxa de incidência tem decrescido gradualmente nos últimos anos: em 2016 foram notificados 1.282 casos novos da doença (com coeficiente de incidência de 88,7 casos para cada 100 mil habitantes), 86 casos a menos do que o notificado no ano anterior. No ranking entre os Estados, o Pará é o sétimo colocado em incidência no país e o líder da região Norte em número de casos confirmados. Até 2015, ocupava o quinto lugar na classificação nacional.

Lúcia Monteiro voltou a afirmar que o seminário foi uma forma de lembrar os profissionais e a comunidade em geral que a doença, apesar de antiga, continua fazendo vítimas, sobretudo as que abandonam o tratamento, oferecido gratuitamente pelo SUS, no meio. “Costumo dizer que a responsabilidade do tratamento deve ser compartilhada por paciente, trabalhadores de saúde, família e amigos. Todos têm o dever de incentivar o doente a segui-lo até o final”, afirmou.

O principal sintoma da tuberculose é a tosse insistente por mais de três semanas, com ou sem catarro. Qualquer pessoa com esse sintoma deve procurar uma unidade de saúde para fazer o diagnóstico. A doença tem cura e o tratamento é disponibilizado integralmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas Unidades Básicas de Saúde, geridas pelas prefeituras.

No que se refere ao combate da doença no Pará, a Sespa capacita profissionais e presta assessoria técnica aos municípios, que por sua vez são responsáveis pela execução das ações diretas junto à população. Já a Atenção Básica tem objetivo de consolidar as ações do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, oferecendo o tratamento nas unidades de saúde, incluindo a estratégia do Programa Saúde da Família (PSF) e Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS).

Em Belém, a título de ilustração e informação, o diagnóstico e tratamento da doença está implantado no município de Belém em 24 Unidades municipais de saúde, 54 unidades saúde da família e Casa Dia.

Durante a abertura das atividades, houve homenagem aos participantes e colaboradores que foram destaques nas ações de prevenção à doença no Estado.  Participaram do evento a diretora de Vigilância em Saúde da Sespa, Roseana Nobre; a coordenadora estadual de Hepatites Virais, Cisalpina Cantão; o coordenador adjunto do Comitê Estadual para o Controle da Tuberculose no Pará, Ernandes Costa; além de representantes do Laboratório Central do Estado (Lacen) e das coordenações estaduais de Saúde do Homem, de DST-Aids, de Saúde Indígena e Populações Tradicionais, entre outros. 

Serviço: Profissionais dos municípios, membros da sociedade civil e comunidade em geral podem procurar informações sobre a doença com a Coordenação Estadual do Programa de Controle da Tuberculose, pelo telefone (91) 4006-4850.