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Santa Casa do Pará proporciona dignidade e inclusão a servidores com deficiência

Por Helder Ribeiro (SANTA CASA)
14/01/2021 16h36

Tendo servidores com algum tipo de deficiência em seu quadro de funcionários, a Santa Casa do Pará vem buscando uma maior compreensão acerca desse assunto para garantir, através da inclusão social,  dignidade, direitos e o bem estar dessas pessoas, atribuindo a elas diversas funções dentro da instituição.

Dona Yolanda Yuko Miyake é uma das servidoras portadoras de deficiência. Ela tem uma doença degenerativa, retinose pigmentar, que a coloca na condição de deficiente visual. Ela contou que trabalha na instituição há treze anos e, nesse período, passou por vários setores e sempre foi bem acolhida. “Quando eu entrei na Santa Casa, houve um cuidado especial comigo, pois não queriam me colocar em qualquer lugar, havia uma preocupação com a minha segurança. Eles sempre tiveram esse cuidado para que eu não sofresse acidente de percurso. Todos eles sempre tiveram esse cuidado”, ressaltou dona Yolanda. “No início, houve uma certa dificuldade para as pessoas entenderem que os equipamentos que a gente solicita não são capricho, mas necessidade. Hoje, as pessoas já estão mais esclarecidas sobre isso. Estou trabalhando há quase um ano no comitê de humanização do hospital, onde ajudo na parte logística e na construção de projetos”. 

Para a terapeuta ocupacional e coordenadora do Comitê de Trabalho de Humanização da FSCMP, Clévia Dantas, falar sobre pessoas com deficiência é permitir que elas sejam realmente incluídas na sociedade para que possam ingressar no mercado de trabalho, frequentar lugares acessíveis e não sofram preconceito. “O excelente serviço que oferecemos à população é resultado da dedicação de cada servidor, inclusive os que possuem deficiência. A gente pediu para o pessoal da Coordenação de Tecnologia da Informação configurar o computador com os programas para deficiente visual, aí ela passou a desenvolver também atividades administrativas. Orgulho, essa palavra resume a satisfação de ter funcionários que, apesar dos obstáculos que precisam ser superados diariamente por conta de uma deficiência,  são verdadeiros exemplos de dedicação e comprometimento prestando um serviço de excelência à população. Isso eleva o nome da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará a patamares ainda mais altos”.

A agente de artes práticas, Graziela Marques Ferreira, é deficiente visual e trabalha na Santa Casa desde 2005, e nesse período trabalhou seis meses na lavanderia, três anos na nutrição e está há doze anos na gerência de diagnóstico por imagem. Ela conta que no início teve um pouco de dificuldade porque as pessoas não tinham conhecimento das diversas atividades que o deficiente poderia desempenhar dentro da instituição. “No início era muito fechado, praticamente só havia a câmara escura para revelação de raio-x, e como não havia vaga fomos à nutrição embalar talheres, depois passei pela lavandeira e agora estou trabalhando no diagnóstico por imagem. Foi muito legal a experiência de ir para outro setor, fazer outras coisas. Acho que o que tá faltando é esse tentar, experimentar o novo. Por mais que pareça não ser possível, só se pode dizer não após tentar. Cada deficiente desenvolve atividades de maneira particular, por isso é preciso respeitar a individualidade de cada um e seu grau de dificuldade”.

Promover a inclusão de pessoas com deficiência é uma questão de responsabilidade social, e também um desafio para muitas instituições. A Santa Casa do Pará vem enfrentando esse desafio com a implementação de medidas que permitam uma rotina normal na vida desses servidores.