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Adepará: Pará ganha mais uma cidade livre da mosca da carambola

Município marajoara alcança status de área erradicada, após Agência de Defesa Agropecuária realizar trabalho de detecção e correção

Por Aycha Nunes (ADEPARÁ)
14/12/2020 10h17

Sucesso é fruto do trabalho de combate à mosca da carambola desenvolvido pela AdeparáBreves, no Marajó, é o mais recente município paraense a se tornar apto a ostentar o status de área erradicada da mosca da carambola (Bactrocera carambolae), inseto considerado a maior ameaça à fruticultura nacional. Caberá ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizar a mudança de status de “área com foco” para “área erradicada”.

O sucesso é fruto do trabalho de detecção e correção da praga desenvolvido pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará  (Adepará), por meio do Programa Nacional de Erradicação da Mosca da Carambola (PNEMC).

“As ações corretivas do Programa de Erradicação da Mosca das Frutas alcançaram mais um êxito. Já se passaram mais 54 semanas sem a detecção da mosca da carambola em Breves, o que habilita o município a sair do status de área de foco e passar para área erradicada” - Adalberto Tavares, engenheiro agrônomo e gerente do Programa de Erradicação da Mosca das Frutas.

Equipes realizam ações de vigilância e monitoramento da pragaSegundo ele, as ações de vigilância e monitoramento da mosca continuarão naquela e em outras regiões onde já houve ocorrência do inseto. “O trabalho de monitoramento e combate da praga não para. Monitoramos a presença da mosca todos os dias da semana. Sem este trabalho, a praga poderia se disseminar, o que levaria todo o mercado nacional de exportação de frutos in natura se tornar alvo de restrições”, explica.

Atualmente, as ações de combate ao inseto seguem intensas apenas no município de Almeirim (Distrito de Monte Dourado), na fronteira com o estado do Amapá.

Mosca

Apesar do nome, a mosca-da-carambola ataca mais de 30 espécies diferentes de frutas, entre elas, a laranja e a tangerina. A presença da mosca afeta diretamente a economia, uma vez que os produtores da região onde há a praga ficam impedidos de comercializar para outras localidades.

As ações corretivas à praga se dão em três frentes: detecção, correção e educação. Para identificar a presença do foco da mosca são instalados dois tipos de armadilhas. A armadilha Jackson captura machos e a armadilha McPhail captura machos e fêmeas da espécie. Ambas identificadas e georreferenciadas para possibilitar o monitoramento.

A correção é feita pela pulverização de iscas tóxicas, com os inseticidas adequados, coleta e destruição dos frutos atacados e controle do trânsito. Ou seja, os frutos da região afetada, que são hospedeiros da praga, não podem transitar para o resto do Estado.

Para garantir o sucesso do Programa, moradores e produtores dos municípios onde a praga já foi detectada e eliminada são alvos de ações educativas, incluindo a visita de técnicos da Adepará, com o objetivo de conscientizar e esclarecer à população sobre as ações de combate e prevenção, legislação vigente, trânsito de frutos hospedeiros, danos econômicos e os problemas sociais gerados pela mosca-da-carambola.

Os técnicos visitam residências, hidroviárias, embarcações, estabelecimentos comerciais, feiras, órgãos estaduais e federais, escolas e universidades, distribuem material informativo e alertam sobre o risco ao se transportar frutos potencialmente infestados. Quem transportar ou vender frutos hospedeiros das regiões com a presença da mosca carambola poderá sofrer penalidades impostas pela Lei Estadual nº 7.392/2010, que prevê a apreensão e destruição das frutas e multa para quem as transporta ou comercializa.