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NGTM trabalha no remanejamento de interferências ao longo da BR-316

Etapa é a base de todas as fases de obras, que visa a requalificação da rodovia

Por Michelle Daniel (NGTM)
03/12/2020 11h41

Postes. cabos, tubulações e demais estruturas estão sendo remanejadas para que os serviços avancemUm dos desafios durante a execução das obras da Nova BR que o Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM) enfrenta são as inúmeras interferências ao longo dos 10.8 km da rodovia BR-316, do Entroncamento até o início de Marituba. Tratam-se de postes, cabos de energia elétrica, de telecomunicações, placas, outdoors, tubulações de água e de esgoto e outras fiações que também estão enterradas. Toda a estrutura se consolidou ao longo dos anos e, agora, precisa ser remanejada da faixa de domínio da obra para o andamento dos trabalhos. Essa etapa é a base de todas as fases de obras, que visa a requalificação da rodovia. 

Para que haja abertura das frentes de obras sem prejudicar o fornecimento dos serviços à população, a atividade de remanejamento de interferência se dá por meio de contratação junto das concessionárias de energia elétrica e de telecomunicações, além do diálogo com os comerciantes dentro de um planejamento técnico, a fim de reduzir ao máximo o impacto no cotidiano das pessoas. Ao todo, foram identificados mais de 700 postes e 20 km de rede de comunicação, em ambos os sentidos, no trecho em obras.

O diretor-geral do NGTM, engenheiro Eduardo Ribeiro, ressalta a importância do remanejamento de interferências como etapa imprescindível. “Somente com a faixa de domínio totalmente liberada, podemos executar a sequência de obras ao longo da rodovia, como a nova rede de drenagem e toda a pavimentação (flexível e rígida)”.

Segundo ele, as interferências cresceram nos últimos anos, não previstas no projeto de engenharia que foi elaborado entre 2014 e 2015.

“As obras tiveram início em 2019 e toda a estrutura de energia e comunicação foi intensificada no corredor BR com a implantação de cabos de redes e surgimento de novas operadoras, mais de 20 empresas de comunicação. Além da concessionária de energia elétrica, também há a rede de abastecimento de água – principalmente no trecho entre Entroncamento e o viaduto da Mário Covas, e no centro de Ananindeua” - Eduardo Ribeiro, diretor do NGTM.

Além disso, as intervenções na rodovia se adequam ao código de postura dos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba, além de processos de desapropriações que requerem ajustes nas redes elétricas, construção de banco de dutos para empresas de telecomunicações, mudança nos pontos de paradas de ônibus e reposicionamento de rede de abastecimento de água. 

Um exemplo das atividades de remanejamento de interferências ocorreu na última semana, quando uma placa de aproximadamente duas toneladas foi removida na altura do km 6 da rodovia, sentido Belém-Marituba. A estrutura precisou ser removida para que a concessionária de energia elétrica possa aumentar o tamanho dos postes que estão sendo trocados na área. 

A construção de um banco de dutos nos arredores do Terminal de Integração de Ananindeua é uma das alternativas para facilitar a remoção das interferências na região. A estrutura também servirá de suporte para as empresas de telecomunicações que vão utilizar as redes. Desde o ano passado, também está ocorrendo o remanejamento de adutoras que fazem o abastecimento de água. A primeira ação de ajuste durou oito dias e foi realizada de madrugada com o objetivo de interferir o mínimo possível no trânsito e no abastecimento dos municípios de Ananindeua e Marituba.

Diálogo – Para a execução de todas as atividades de remanejamento de interferências, são realizadas regularmente visitas de acompanhamento social em todos os estabelecimentos e vizinhanças. O objetivo é informar e esclarecer do que se trata cada uma das atividades, a fim de promover o melhor entendimento para as comunidades em torno da BR-316. 

Também são realizadas reuniões periódicas entre os responsáveis técnicos das empresas de telecomunicações e energia e, representantes das empresas envolvidas na obra, como gerenciadora e construtora, tudo coordenado pelo NGTM. As reuniões buscam alinhar as necessidades da obra e das empresas para que medidas sejam tomadas em conjunto. Esse diálogo reforça o interesse de apresentar melhores soluções para a população que utiliza os serviços de telefonia, internet e TV a cabo, obedecendo à necessidade de cumprir com os cronogramas da obra.

Requalificação – As obras de requalificação da BR-316 ocorrem nos primeiros 10,8 quilômetros da via, do trecho entre o Entroncamento até a área próxima à entrada da Alça Viária. Estão sendo construídos os terminais de integração, Ananindeua e Marituba, um viaduto de acesso ao Terminal de Ananindeua, quatro túneis (dois em cada terminal) exclusivos para os ônibus do BRT Metropolitano, 13 conjuntos de estações de passageiros no canteiro central da rodovia, 13 novas passarelas para pedestres com acessibilidade, nova rede de drenagem, calçadas, iluminação pública, ciclovias (em ambos os sentidos), paisagismo e o Centro de Controle Operacional (CCO), que concentrará a operacionalização do sistema integrado de transporte. O projeto prevê ainda obras viárias e de estações de passageiros para integração ao longo da avenida Almirante Barroso.

O principal objetivo do projeto da Nova BR é implantar o sistema integrado de ônibus, o BRT Metropolitano, que é uma das principais obras de mobilidade urbana do Estado nos últimos oito anos e que só saiu do papel em janeiro do ano passado, com a atual administração pública. Ao final, as melhorias devem beneficiar cerca de 2,5 milhões de pessoas.