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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Projeto “Na Fábrica” avança com visitas técnicas pelo Estado

O objetivo é manter uma comunicação direta entre o Governo do Pará, o setor produtivo e entidades de classe para apoios institucionais

Por Raiana Coelho (FUNTELPA)
14/11/2020 08h40

Momento da visita da equipe do “Na Fábrica” à Cooperativa Agrícola Mista de Tomé Açú (Camta), no nordeste paraenseAs equipes do “Na Fábrica” visitaram as dependências da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé Açú (Camta), no nodeste paraense. Foi mais um capítulo da interação direta entre a base produtiva e o Governo estadual, proporcionada pelo projeto com o intuito de valorizar e potencializar as vocações produtivas locais, além de promover a comercialização em larga escala.

O objetivo do projeto, destaca a Sedeme, é garantir a presença do Governo do Pará e da entidade representativa do setor produtivo no segmento industrial por meio de visitas às unidades fabris, para conhecer e entender a estrutura produtiva e de competitividade de cada uma, criando, posteriormente, um canal de relacionamento, para que as políticas públicas sejam plenamente efetivadas. No caso da Camta, a busca por estímulo tributário teve retorno positivo no mês de setembro, com a renovação do incentivo fiscal já concedido pelo Governo do Pará anteriormente.

“Essa visita foi fantástica, eu fiquei muito bem impressionado com a empresa. Uma empresa que emprega mais de 150 pessoas do município, que, felizmente, nós conseguimos incentivar ela em setembro. É uma empresa de ponta, de primeira”, afirma o titular interino da Secretara de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Carlos Ledo. A Sedeme, a Federação das Indústrias do Pará (Fiepa) e a Companhia de Desenvolvimento Econômico do Estado (Codec) realizam o projeto.

A Camta é uma empresa com quase 90 anos de existência no mercado com a produção de hortaliças, arroz e pimenta–do-reino mas, devido ao declínio desta última cultura precisou expandir seu campo de atuação através do consórcio de várias espécies de plantas frutíferas e florestais nas áreas decadentes de pimenta, diversificando a produção por meio do desenvolvimento de Sistemas Agroflorestais em Tomé- Açu (Saftas), que transformaram a região em importante polo exportador de frutas tropicais e referência no desenvolvimento, inovação e disseminação da tecnologia de SAFs, no Brasil, Bolívia e Ghana, na África.

A Camta vende cerca de 400 t de polpas de fruta por mês para municípios do Pará, Maranhão, São Paulo e países como o Japão e EUAAtualmente, a Camta comercializa cerca de 400 toneladas de polpas de fruta por mês, com destino aos municípios do Pará, Maranhão, São Paulo, além de países como Japão, parte da Europa e Estados Unidos.

“Agora nós estamos trabalhando com produtos de maiores valores agregados, que é o sorbet e a fruta in natura, nós apostamos muito no potencial do Pará”, complementa Alberto Oppata, presidente da Cooperativa.

“A gente fica muito feliz por que é essa a ideia: o Estado conhecer as suas indústrias e, com isso, poder fazer benefícios pontuais e necessários para a região ainda crescer muito mais”, afirmou o vice-presidente da Fiepa, o engenheiro José Maria Mendonça, que fez questão de ressaltar a importância de se priorizar a marca da Amazônia.

“A Camta é uma cooperativa quase secular no Pará, é referência”, avalia o diretor de Atração de Investimentos da Codec, Manoel IbiapinaO cooperativismo também foi um ponto observado pela comitiva. “A Camta é uma cooperativa quase que secular no Estado do Pará, muito organizada, referência para o cooperativismo da Amazônia, bem sustentável, sempre com um apelo social muito forte, sem deixar de ser produtiva”, avalia o diretor de Atração de Investimentos da Codec, Manoel Ibiapina, que na visita a Tomé-Açu representou o presidente da Codec, Lutfala Bitar.

“Desde o ano passado, início da nossa gestão, nós nos aproximamos muito do cooperativismo, e a Camta é um parceiro que está desde sempre buscando essa renovação. Nós estamos num projeto muito forte com o Sistema OCB e Sescoop, visando a atender as indústrias cooperativistas também com incentivo fiscal”, afirmou o coordenador de Desenvolvimento Econômico da Sedeme, Mauro Barbalho.

Além da Camta, em Tomé Açú, o projeto "Na Fábrica" já passou pelas empresas Poly Perfil, Açaí Rajá, grupo Bellamazon, Papaguara e Vitória, Açaí World, Tintas Veloz, todas na Região Metropolitana de Belém (RMB), e ainda visitou a Companhia Têxtil, em Castanhal.