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Adepará capacita e orienta produtores em São Félix do Xingu

Por Manuela Oliveira (FAPESPA)
22/10/2020 14h56

Sanidade das lavouras de cacau com ênfase em defesa agropecuária e o Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa foram os temas das palestras realizadas, nesta quinta-feira (22), por técnicos da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), no município de São Félix do Xingu. A programação faz parte da quarta ida a campo do Programa Territórios Sustentáveis (TS), do Governo do Estado, criado para garantir avanços econômicos e sociais no campo sem degradar a floresta Amazônica. 

“Apresentamos o Plano Estratégico para a suspensão da vacina contra febre aftosa para todos os atores do setor produtivo: produtor, veterinários, revendas, etc., mostrando a importância de cada um no processo. O Estado do Pará precisa cumprir 43 ações para que obtenha o reconhecimento de livre sem vacinação, para que esse objetivo seja alcançado é necessária a interação entre as partes. Assim, informamos sobre a importância da suspensão da vacina para o avanço na abertura de mercados e a diminuição dos custos com a vacinação.”, informou a coordenadora estadual do plano estratégico, Samyra Albuquerque.

A palestra está dentro das ações necessárias ao avanço Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) – 2017-2026 para alcance do status “sanitário livre sem vacinação contra febre aftosa” e da necessidade de atualização do cadastro agropecuário junto à Adepará. 

A Agência irá realizar uma campanha para atualização cadastral, com duração de seis meses, no período de 01/11/2020 a 30/04/2021. O produtor que não efetuar a atualização cadastral neste período, ficará suspenso de emitir Guia de Trânsito Anima (GTA).

Importância - A atualização do cadastro agropecuário é importante para o produtor porque é um dos pré-requisitos para retirada da vacina contra febre aftosa, já que o cadastro é a base para as ações da defesa sanitária, é por meio dele que são incluídas as ações de vigilância, de controle e erradicação de doenças. Além disso, também irá refletir de uma forma positiva economicamente para os produtores, que não terão mais o custo de vacinação, e com relação ao manejo dos animais, principalmente em regiões de difícil acesso.

A existência de cadastros agropecuários com qualidade para a realização das ações da defesa sanitária pela Adepará também permitem ações mais efetivas e rápidas, como por exemplo, em situações de atendimento a focos de determinadas enfermidades que acometem os animais de produção. Outro aspecto importante é a redução dos custos para realização das etapas de vacinação contra febre aftosa, visto que não será necessário disponibilização de recursos financeiros com toda a logística para execução dessa atividade.

“Vale ressaltar que o produtor rural é peça fundamental em todo esse processo, visto que se ele for devidamente sensibilizado quanto à notificação imediata da suspeita de doenças em seu rebanho, a resposta esperada será também imediata e o controle mais eficaz. Com a suspensão da vacina contra febre aftosa, a vigilância terá que ser intensificada, tendo o produtor como parceiro e um serviço oficial bem preparado e estruturado, a defesa animal torna-se confiável e o Estado avança de status sanitário”, detalha a coordenadora.

Qualidade - O cadastramento de propriedades rurais representa uma das bases do sistema de defesa sanitária animal no Brasil. A existência e manutenção desse cadastro são condições necessárias para classificação qualitativa do serviço veterinário oficial e para inclusão em zonas livres de doenças como, por exemplo, a febre aftosa. 

Dessa forma, a qualidade do cadastro determina o grau de confiabilidade do sistema de informação. Daí a importância de ser uma atividade dinâmica e contínua, ou seja, uma vez constituído deve ser regularmente atualizado. E a responsabilidade de manter atualizadas as informações do cadastro no Serviço Veterinário Estadual é dos proprietários e produtores rurais, conforme estabelecido na legislação de defesa sanitária animal do Estado. Por isso, constantemente, a Adepará convoca os criadores de bovinos, bubalinos, suínos, caprinos, ovinos, equinos, peixes e aves para atualizar seu cadastro junto à unidade local da Adepará onde a propriedade é cadastrada.

Educação Sanitária – "Sanidade das lavouras de cacau com ênfase em defesa agropecuária" foi o tema da palestra sobre educação sanitária realizada pela Agência também, nesta quinta (22). Na ocasião, o FEA engenheiro agrônomo da Adepará Wilson Emílio Saraiva elucidou sobre a importância da educação sanitária, no segmento.

“Falamos sobre a importância das práticas para que a lavoura no futuro seja economicamente viável e sustentável. O que vai desde a escolha da área, preparo da área, aquisição de mudas ou preparo das mesmas, práticas culturais e principalmente a sua sanidade. De pragas quarentenarias ausentes e pragas quarentenarias presentes. Nesta palestra também abordamos sobre a praga quarentenaria ausente a moniliase do cacaueiro.”, explicou Wilson.

A sanidade das lavouras no caso da lavoura de cacau é formada por um conjunto de práticas destinadas a prevenir, controlar e/ou erradicar pragas capazes de provocar danos econômicos às lavouras e seus produtos, especialmente nas culturas que detêm importância econômica e social para o estado.

“Essa palestra sobre Educação Sanitária é importante porque trata-se de um processo educativo que leva o público a praticar mudanças de comportamento frente aos problemas de ordem sanitária, com a perspectiva de resolução dos problemas, a partir de soluções indicadas e executadas com a própria comunidade. O trabalho educativo deve ser visto como precursor das atividades de Defesa e Fiscalização Agropecuária, atuando junto ao público, no sentido que este entenda os propósitos maiores da promoção e da manutenção da saúde de rebanhos, plantações e da própria saúde pública”, acredita o Diretor Geral da Adepará, Jamir Macedo.

Territórios Sustentáveis  

A Política de Territórios Sustentáveis é um dos pilares do macroprojeto “Amazônia Agora”, que objetiva garantir avanços econômicos e sociais no campo sem degradar a floresta. O Grupo de Trabalho do TS é formado por diversas secretarias e órgãos que tratam sobre o setor produtivo e ambiental do Estado, com a coordenação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas).  

Compõe o Grupo a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), o Instituto de Terras do Pará (Iterpa), Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio),  Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) e Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) e Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).