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Sespa apoia implantação de diagnóstico de malária em aldeia indígena

A primeira Unidade de Diagnóstico e Tratamento já está funcionando na Unidade Básica de Saúde da Aldeia Tawanã, no oeste do Pará

Por Roberta Vilanova (SESPA)
08/10/2020 19h01

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) apoiou o Distrito Sanitário Especial Indígena Guamá-Tocantins (DSEI Guatoc) na implantação da primeira Unidade de Diagnóstico e Tratamento (UDT), nas dependências da Unidade Básica de Saúde da Aldeia Tawanã.  O objetivo é disponibilizar o diagnóstico precoce e o tratamento de malária o mais rápido possível à população indígena.

Para a implantação da UDT foi fundamental a Capacitação no Diagnóstico Microscópico em Malária e Hemoparasitas, realizada de 3 de setembro a 06 de outubro, na Casa de Saúde Indígena Polo Base de Oriximiná, no oeste paraense. O curso foi organizado pelo DSEI Guatoc em conjunto com a Coordenação Estadual de Malária, 9º Centro Regional de Saúde (CRS) e Laboratório Central do Estado (Lacen-PA).Turma de microscopistas certificados pelo Lacen para o trabalho em aldeias indígenas

A capacitação teve como instrutores os técnicos Gabriel Amâncio e Eliane dos Santos, do 9° CRS, e contou com a participação 17 profissionais, sendo dez indígenas, seis quilombolas (do município de Oriximiná) e um profissional de Alenquer (outro município da região oeste), que receberam a certificação da técnica em Laboratório do Lacen, Kerzia Nascimento. “Os profissionais indígenas que participaram das atividades saíram prontos pra desenvolver as atividades em suas respectivas aldeias”, garantiu Kerzia Nascimento.A agente de saúde indígena Rosiete Wai Wai, uma das profissionais que atuam no diagnóstico de malária

Conquista - Entre os profissionais capacitados está a agente de saúde indígena, e agora microscopista, Rosiete Wai Wai, que no seu primeiro dia de trabalho na UDT de Aldeia Tawanã identificou três casos positivos de malária, tendo como agente causador o Plasmodium vivax, um dos principais responsáveis por casos de malária na região amazônica. “Isso nos deixa gratificados, pois o lema para o diagnóstico da malária é esse diagnóstico imediato e tratamento oportuno”, ressaltou a técnica do Lacen.

A microscopista Rosiete Wai Wai disse estar “encantada” com a nova missão. “Meu sonho sempre foi trabalhar em saúde. E agora, que tenho mais essa formação de microscopista, estou muito feliz, porque foi uma conquista importante para a minha vida e para a minha aldeia”, declarou.  

Unidade Básica de Saúde Indígena da Aldeia Tawanã, no oeste do ParáO DSEI Guatoc adquiriu dez microscópios, e até o final de outubro as aldeias Do Chapéu, Ayarama, Mapuera, Inajá, Kaspakuru e Noomam Tamyuru também estarão com suas respectivas UDTs implantadas.

Queda - De acordo com o Departamento de Controle de Endemias, de 1º de janeiro a 31 de julho o Pará registrou uma queda de 46% nos casos de malária, em relação ao mesmo período de 2019. Foram 10.327 casos confirmados em 2020, contra 19.068 registrados no ano passado.

Os municípios com mais casos registrados são Anajás (2.142), Itaituba (1.785), Jacareacanga (1.293), Oeiras do Pará (854), Bagre (850), Alenquer (804), Cametá (456), Altamira (452) e Breves (388).